De origem luterana,
ao converter-se foi repudiado por sua família, e se dedica aos enfermos e
doentes, fundando com Madre Vincenza a Congregação das Irmãs da Misericórdia.
Carlos Steeb nasceu
na antiga cidade alemã de Tubinga aos 18 de dezembro de 1773, numa família de
luteranos convictos e praticantes. O pai era um administrador de empresas,
conceituado e muito competente, que geria os bens do duque de
Wurttenberg. Sua infância foi marcada pelas sucessivas mortes de
seus irmãos, seis deles não sobreviveram aos primeiros anos de vida, restando
apenas uma irmã. Seu pai ficou profundamente afetado por essas perdas. Mas para
Carlos, o infortúnio da família lhe ensinou o valor da paciência e da
generosidade; fizeram dele uma pessoa de perdão e compreensão. Sua mãe, uma
mulher forte, influenciou sua formação.
A família deu-lhe
uma sólida instrução, numa boa e tradicional escola da cidade. Aos dezesseis
anos foi para Paris, aprender francês. Após dois anos, seguiu para Verona, onde
aprendeu italiano e prática comercial.
Carlos era um rapaz
reservado, amadurecido para a idade, que se dedicava totalmente aos estudos e
ao trabalho. Até então, ele tinha sido um fiel Luterano como toda a sua
família, mas se encontrou com muitos questionamentos sobre a fé católica e a
protestante. Ele leu, ponderou, e depois de confiar a Maria e aceitar a ruptura
dolorosa imposta por sua família, que rejeitou a sua decisão e fechou as portas
da casa completamente, em setembro de 1792, ele se converteu. Foi deixado sem
recursos financeiros, desamparado em um país distante do seu. Mas sua convicção
espiritual era mais forte e não faltou a ajuda de amigos religiosos que
apreciavam suas virtudes.
Quatro anos depois
recebeu a ordenação sacerdotal, e desde então, se dedicou com fé inabalável à
Virgem Maria, no auxílio aos católicos enfermos vitimados durante a guerra que
ocorria naquele tempo. Organizou grupos missionários entre a população,
exercícios espirituais para os irmãos leigos e sacerdotes e centros
catequizadores.
Dedicou sua vida
aliviando o sofrimento dos enfermos, sendo sempre encontrado no hospital, ou no
asilo, onde residia com eles. Foi exatamente no Hospital dos Militares que
Padre Carlos teve a inspiração para fundar uma Congregação de religiosas,
destinadas a servir nos hospitais.
Em 1840, contraiu o
tifo. Depois de recuperado, fundou a Congregação das Irmãs da Misericórdia,
destinada ao atendimento de qualquer tipo de doenças do corpo ou da alma, em
hospitais e casas de saúde.
A Obra começou com
apenas dois quartos, e com o auxílio de Luisa Poloni, depois Irmã Vincenza, de
quem Padre Carlos era confessor. Aliás, ele era o confessor de todos os
habitantes de Verona, que o amavam como se fosse a "mãe dos doentes".
Depois a Congregação espalhou-se por quase toda a Europa, América Latina e
África.
O Padre Carlos
faleceu em 15 dezembro de 1856 com a idade de 83 anos, deixando a seguinte
recomendação às suas filhas: "a união, a paz, a obediência, os
enfermos... "
Foi sepultado na
igreja da casa mãe da Congregação, em Verona, Itália.
O Papa Paulo VI
proclamou-o Beato em 1975, sendo homenageado no dia de sua morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário