Neste Domingo da
Divina Misericórdia somos chamados a renovar a nossa fé, como o apóstolo São
Tomé. Esta fé, no entanto, não é uma fé genérica. Devemos crer na Misericórdia
que se manifesta no Mistério Pascal: paixão, morte e ressurreição. Jesus
recorda a Santa Faustina que os demônios sabem de outros atributos de Deus, mas
a misericórdia é uma característica na qual eles não conseguem crer.
Esta incredulidade é uma verdadeira ferida no coração de Jesus.
Por isto Nosso Senhor pede a Santa Faustina a instituição da festa da Divina
Misericórdia. Nela os pecadores devem se aproximar com confiança do coração
misericordioso que nos lava de nossos pecados (raio de luz branca – água) e nos
imerge no amor de Deus (raio de luz vermelha – sangue).
"Oh! Como
Me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não
crê que sou Misericórdia, não acredita em Minha bondade. Alegra-se o Meu
Coração com esse título da Misericórdia. Diz que a Misericórdia é o maior
atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela
misericórdia". (Santa Faustina Kowalska,
Diário)
São João Paulo II, seguindo as indicações de Jesus a Santa
Faustina, não somente instituiu a festa, mas concedeu indulgência plenária aos
fiéis neste domingo:
"Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições
(Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do
Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da
"Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito
desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe
nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite,
na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou
guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa
ao Senhor Jesus Misericordioso ("Ó
Jesus Misericordioso, confio em Ti"). (Decreto da Penitenciaria apostólicas)
"A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta
pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos" (Santo Agostinho)
"Ser misericordioso é próprio de Deus e é pela misericórdia
que ele principalmente manifesta a sua onipotência. Em relação ao que possui, a
misericórdia não é a maior das virtudes, salvo se ele for o maior, não havendo
ninguém acima dele, e todos lhe sendo submissos. Pois quem tem superior, é
maior e melhor unir-se a ele do que suprir as deficiências do inferior. Eis
porque, para o homem, que tem Deus como superior, a caridade que o une a Deus,
é maior que a misericórdia" (Santo Tomás de
Aquino)
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