segunda-feira, 18 de abril de 2016

Beata Savina Petrilli

Tudo é pouco por Jesus” é o lema de Madre Savina. O amor por Jesus a conduz rumo a horizontes sem limites, com um dom que se renova no dia-a-dia, em profundidade e beleza. Sente-se profundamente amada por Jesus, tanto que acolhe como seu o sonho de anunciar o Reino de Deus em todo o mundo. Com o mesmo ardor de Catarina de Sena, decide dedicar-se, especialmente, aos pobres para ajudá-los, amando-os sem medida e sem recompensa.

Savina Petrilli nasceu em Sena, na Itália, no dia 29 de agosto de 1851, em uma família simples e autenticamente cristã. Era a segunda filha de Celso Petrilli e Matilde Venturini.
Sua grande capacidade de amar teve origem na relação afetuosa e serena com seus pais. Aos 12 anos recebeu pela primeira vez a Santa Comunhão; já então revelava muito amadurecimento e grande força de vontade capaz de enfrentar os problemas, bem como muita intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo. Na belíssima Catedral de Sena, Savina sempre permanecia horas rezando diante do Santíssimo Sacramento.
Frequentou a escola e o catecismo na igreja de São Jerônimo, com as Irmãs de São Vicente de Paulo. Aos 13 anos de idade deixou a escola para ajudar a mãe a cuidar dos irmãos.
Em virtude de sua grande veneração pela Virgem Imaculada, aos 15 anos passou a fazer parte da Pia União das Filhas de Maria e é rapidamente eleita presidente. Dentro de um ano vez o seu primeiro voto de virgindade.
Vivaz e dinâmica, Savina ensinava catecismo e sempre reunia em sua casa um grupo de amigas com as quais rezava, trabalhava e  sonhava com o futuro.
Em 1869 foi recebida pelo Papa Pio IX que a exortou a seguir a norma de Santa Catarina de Siena, o que a inspirou a fundar um instituto.

Em 15 de agosto de 1873, na capelinha de sua casa, com outras cinco companheiras ela emitiu os votos de castidade, obediência e pobreza na presença do confessor e com a aprovação do Arcebispo Mons. Enrico Bindi, que concede a primeira licença para iniciar uma obra em beneficio dos pobres.
No dia 7 de setembro de 1874, dia da vigília da festa da Natividade de Maria Santíssima, a comunidade nascente transferiu-se para a nova sede na via Baroncelli. Sena torna-se então o berço de uma nova Congregação.

A nova família religiosa recebeu o nome de Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Siena. Em 1881 Madre Savina iniciou a fundação do Convento em Viterbo e em 1903 a primeira missão em Belém, no Brasil.

Com o mesmo ardor de Santa Catarina de Sena, Madre Savina decide dedicar-se especialmente aos pobres para ajudá-los, amando-os sem medida e sem recompensa.
A Providência vai ao encontro de Savina através de alguns personagens eminentes, como o Cardeal Ricci Paracciani, o Marquês Bichi Ruspoli e a nobre senhora Anna Saracini. Estas pessoas foram para Savina o coração e as mãos de Deus.

Sucessivamente Madre Savina toma o voto de “não negar nada voluntariamente ao Senhor”, o voto de “perfeita obediência” e ao  Diretor Espiritual o voto de “não lamentar-se deliberadamente de nenhum sofrimento externo e interno” e o voto de “completo abandono ao vontade do Senhor”. 

As Constituições da Congregação, que se converteu de direito pontifício, foram finalmente aprovadas em 17 de junho de 1906. Inicialmente a obra se dedicou aos órfãos, depois abraçou outros apostolados de alívio à pobreza e ao sofrimento.
Nos últimos 30 anos de sua vida Madre Savina sofreu uma grave enfermidade degenerativa. Ela faleceu no dia 18 de abril de 1923 às 17:20 horas, aos 72 anos de idade, oferecendo-se serenamente a Jesus, deixando-nos um exemplo luminoso de mulher sábia, contemplativa, operosa, um estilo de vida simples, vivido à luz da fé e da obediência.
Além das 25 casas da Itália, a Congregação conta com obras no Brasil, Argentina, Índia, Estados Unidos, Filipinas e Paraguai.
O Papa João Paulo II a proclamou Beata  na Praça de São Pedro em 24 de abril de 1988.


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