terça-feira, 23 de abril de 2019

Christus vivit - Jesus Cristo sempre jovem: Jovens santos

Nºs 49 a 63

O coração da Igreja está cheio também de jovens santos, que deram a sua vida por Cristo, muitos deles até ao martírio. Constituem magníficos reflexos de Cristo jovem, que resplandecem para nos estimular e tirar fora da sonolência. Muitos jovens santos fizeram resplandecer a idade juvenil em toda a sua beleza e foram, no seu tempo, verdadeiros profetas de mudança; o seu exemplo mostra do que os jovens são capazes, quando se abrem ao encontro com Cristo.

Através da santidade dos jovens, a Igreja pode renovar o seu ardor espiritual e o seu vigor apostólico. O bálsamo da santidade gerada pela vida boa de muitos jovens pode curar as feridas da Igreja e do mundo, levando-nos àquela plenitude do amor para a qual, desde sempre, estamos chamados: os jovens santos impelem-nos a voltar ao nosso primeiro amor. Recordemos ao menos alguns deles, de diferentes momentos da história, que viveram, cada um à sua maneira, a santidade.

São Sebastião – no século III – era um jovem capitão da guarda pretoriana. Contam que falava de Cristo por toda a parte e procurava converter os seus companheiros, até quando lhe foi ordenado que renunciasse à sua fé. Como não aceitou, fizeram cair uma chuva de flechas sobre ele, mas sobreviveu e continuou a anunciar Cristo sem medo. Por fim, açoitaram-no até à morte.

São Francisco de Assis – no século XII – ainda muito jovem e cheio de sonhos, ouviu a chamada de Jesus para ser pobre como Ele e restaurar a Igreja com o seu testemunho. A tudo renunciou com alegria e é o santo da fraternidade universal, o irmão de todos, que louvava o Senhor pelas suas criaturas.

Santa Joana d'Arc – no século XV – Era uma jovem do campo que, apesar da sua jovem idade, lutou para defender a França dos invasores. Incompreendida pelo seu aspeto e a sua forma de viver a fé, morreu na fogueira.

Beato André Phû Yên – no século XVII – um jovem vietnamita, catequista que ajudava os missionários. Foi preso por causa da sua fé e, por não querer renunciar a ela, assassinaram-no. Morreu, dizendo “Jesus”.

Santa Catarina Tekakwitha – no século XVII – jovem leiga nascida na América do Norte, foi perseguida pela sua fé e, na sua fuga, percorreu a pé mais de 300 quilómetros através de espessas florestas. Consagrou-se a Deus e morreu dizendo: “Jesus, eu te amo!”

São Domingos Sávio – no século XIX – oferecia a Maria todos os seus sofrimentos. Quando São João Bosco lhe ensinou que a santidade implica estar sempre alegre, abriu o seu coração a uma alegria contagiosa. Procurava estar perto dos seus companheiros mais marginalizados e doentes. Morreu com a idade de 14 anos, dizendo: “Que maravilha estou eu a ver!”

Santa Teresa do Menino Jesus – no século XIX – Com a idade de 15 anos, superando muitas dificuldades, conseguiu entrar num convento carmelita. Viveu a pequena via da confiança total no amor do Senhor, propondo-se alimentar, com a sua oração, o fogo do amor que move a Igreja.

Beato Zeferino Namuncurá – no século XX – era um jovem argentino, filho dum importante chefe das populações indígenas. Tornou-se seminarista salesiano, cheio de vontade de voltar à sua tribo para levar Jesus Cristo.

Beato Isidoro Bakanja – no século XX – era um leigo do Congo que dava testemunho da sua fé. Foi longamente torturado por ter proposto o cristianismo a outros jovens. Morreu, perdoando ao seu carrasco.

Beato Pier Jorge Frassati – no século XX – era um jovem de uma alegria comunicativa, uma alegria que superava também as muitas dificuldades da sua vida. Dizia querer retribuir o amor de Jesus, que recebia na Comunhão, visitando e ajudando os pobres.

Beato Marcelo Callo – no século XX – era um jovem francês. Na Áustria, foi preso num campo de concentração, onde, no meio de duros trabalhos, confortava na fé os seus companheiros de cativeiro.

Beata Chiara Luce Badano – no século XX – experimentou como o sofrimento pode ser transfigurado pelo amor. A chave da sua paz e da sua alegria era a total confiança no Senhor e a aceitação também da doença como expressão misteriosa da sua vontade para o seu bem e para o bem de todo.

Que eles, juntamente com muitos jovens que, frequentemente no silêncio e anonimato, viveram a fundo o Evangelho, intercedam pela Igreja para que esteja cheia de jovens alegres, corajosos e devotados que ofereçam ao mundo novos testemunhos de santidade.


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