terça-feira, 16 de abril de 2019

Christus vivit - Jesus Cristo sempre jovem: Uma Igreja que se deixa renovar

Nºs 35 a 38

Peçamos ao Senhor que liberte a Igreja daqueles que querem envelhecê-la, ancorá-la ao passado, travá-la, torná-la imóvel. Peçamos também que a livre de outra tentação: acreditar que é jovem porque cede a tudo o que o mundo lhe oferece, acreditar que se renova porque esconde a sua mensagem e mimetiza-se com os outros. Não! É jovem quando é ela mesma, quando recebe a força sempre nova da Palavra de Deus, da Eucaristia, da presença de Cristo e da força do seu Espírito em cada dia. É jovem quando consegue voltar continuamente à sua fonte.

Certamente nós, membros da Igreja, não precisamos de aparecer como sujeitos estranhos. Ao mesmo tempo, porém, devemos ter a coragem de ser diferentes, mostrar outros sonhos que este mundo não oferece, testemunhar a beleza da generosidade, do serviço, da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração, da luta pela justiça e o bem comum, do amor aos pobres, da amizade social.

A Igreja de Cristo pode sempre cair na tentação de perder o entusiasmo, porque deixa de escutar o apelo do Senhor ao risco da fé, a dar tudo sem medir os perigos, e volta a procurar falsas seguranças mundanas.
São precisamente os jovens que a podem ajudar a permanecer jovem. Os jovens podem conferir à Igreja a beleza da juventude, quando estimulam a capacidade de se alegrar com o que começa, de se dar sem nada exigir, de se renovar e de partir para novas conquistas.

Quantos que já não são jovens precisam da proximidade, da voz e estímulo dos jovens, e a proximidade cria as condições para que a Igreja seja espaço de diálogo e testemunho de fraternidade que fascina. Precisamos criar mais espaços onde ressoe a voz dos jovens: A escuta torna possível um intercâmbio de dons, num contexto de empatia. Ao mesmo tempo, estabelece as condições para um anúncio do Evangelho que alcance verdadeiramente, de modo incisivo e fecundo, o coração.

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