terça-feira, 16 de abril de 2019

16 de abril - Beato Arcanjo Canetoli


O Beato Arcanjo nasceu em 1460 em uma das famílias mais nobres de Bolonha: os Canetoli. Era mundo violento, cheio de assassinatos e rivalidades, que caracterizavam a Bolonha de seus dias. Sua família foi responsabilizada pela morte de Annibale Bentivoglio num clima de lutas. Assim, o pai e todos os irmãos de Arcanjo foram assassinados e somente este último, ainda criança, conseguiu salvar-se graças a circunstâncias fortuitas.


Em 29 de setembro de 1484 vestiu o hábito dos Cônegos Regulares de Santa Maria de Reno, no convento do Santíssimo Salvador de Veneza, onde teve o encargo de acolher os peregrinos, chegando inclusive a dar as boas-vindas a quem assassinou a seu pai e irmãos.
        
Recebeu a ordenação sacerdotal e em 1498 é transferido para o mosteiro de Santo Ambrósio perto de Gubbio. Passou os doze anos seguintes amadurecendo em sabedoria e santidade, o que notavam todos os que entravam em contato com ele, em quem encontravam uma fonte inesgotável de esperança e valentia para os tempos difíceis. Um dos testemunhos dizia que "sua santidade é como uma luz que brilha sempre e em todas partes, e o mais formoso e profundo é que aparece desde as sombras".

A fama aumentou e Arcanjo deixou o mosteiro de Santo Ambrósio para atender os que necessitavam. Ricos e pobres buscavam por igual seu guia e seu conselho.
Não aceitou o cargo de Arcebispo de Florença, ainda que lhe tenha sido oferecido por mais do que uma vez.

Morreu em Gubbio em 16 de abril de 1513, com fama de ser o "apóstolo da vizinhança", e seu corpo permanece incorrupto no mosteiro de Gubbio.

O cardeal Próspero Lambertini, testemunha ocular da difusão de seu culto, e que chegou a ser Papa com o nome de Bento XIV, em 2 de outubro de 1748 decretou oficialmente o título de "beato".

Para compreender plenamente a santidade e personalidade do Beato Arcanjo Canetoli, é necessário conhecer o período em que este homem viveu. Neste caso, então, como um de seus relatos publicados em 1913, "a santidade é como uma luz que brilha sempre e em toda parte, mas que é tanto mais bela quanto mais profunda a escuridão em que aparece".


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