Vamos contemplar Nossa
Senhora das Dores, aos pés da Cruz, no dia em que a Igreja recorda a sua
memória:
“Contemplar a Mãe de Jesus,
contemplar este sinal de contradição, porque Jesus é o vencedor, mas sobre a
Cruz, sobre a Cruz. É uma contradição, não se compreende… É preciso fé para
entender, pelo menos para se aproximar deste mistério”.
Maria sabia disso e “toda a
vida viveu com a alma traspassada”. Seguia Jesus e ouvia os comentários das
pessoas, às vezes a favor, às vezes contra, mas sempre esteve atrás de seu
Filho. E por isso dizemos que é a primeira discípula. Maria tinha a inquietação
que fazia nascer no seu coração este “sinal de contradição”.
No final, ficava ali, em
silêncio, sob a Cruz olhando o Filho. Talvez, ouvia comentários do tipo:
“Olha, aquela é a Mãe de um dos três delinquentes”. Mas Ela “mostrou o rosto
pelo Filho”:
“Aquilo que digo agora são
pequenas palavras para ajudar a contemplar, em silêncio, este mistério. Naquele
momento, Ela deu à luz a todos nós: deu à luz a Igreja. 'Mulher’ – Lhe diz
o Filho – ‘eis os teus filhos’. Não diz ‘mãe’: diz ‘mulher’. Mulher forte,
corajosa; mulher que estava ali para dizer: ‘Este é meu Filho: não O renego’”.
Portanto, o trecho do
Evangelho é mais para contemplar do que para refletir. “Que seja o Espírito
Santo a dizer a cada um de nós aquilo de que precisamos”.
Papa Francisco - 15/09/2017
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