Em 1662, João Batista com 11 anos, além de estudar, já aprendera a conversar com Deus, com muita confiança e respeito. Fixando longamente o olhar em Jesus crucificado, morto por nosso amor, disse a Ele:
“Tu deste a vida por mim. Pois eu também vou dar a minha por ti.”
E em uma conversa particular com o pai e com a mãe, pede-lhes
licença para se fazer padre.
Estudou
em Reims e concluído os primeiros estudos, formou-se em Filosofia e
Teologia na Universidade de Reims. Com a idade de quinze anos São João Batista
de La Salle já tinha grande prestígio social e era considerado como um
brilhante aluno em Sorbone, em Paris. O impulso vocacional no coração de João
Batista o encaminhou a receber as ordens menores em 17 de Março de 1668 em
Reims. Após a morte de seus pais recebeu o subdiaconato em 11 de Julho de 1672
e o foi ordenado sacerdote em 9 de Abril de 1678, desprendendo-se de seus bens,
da família, e dedicando-se exclusivamente na educação de meninos pobres.
“É preciso viver como os pobres, para se poder compreender os
pobres”.
João e outros seminaristas, aos domingos saem à procura de meninos. Descobre-os nas vielas estreitas, úmidas, nos cortiços. Esses meninos
têm olhos apagados. Se consegue atraí-los com brinquedos, histórias
tiradas da vida dos santos.
Mas quando lhes dá algum livrinho para
lerem, torcem o nariz. Não sabem nem ler nem escrever, e nem têm a
menor esperança de vir a sabê-lo algum dia.
Na cidade há escolas,
mas só para quem pode pagar, os pobres
são excluídos. Então,
no seminário se sente a urgência de abrir escolas
gratuitas para levar aos pobres a instrução.
Diante
das dificuldades vividas em sua época, João Batista empreendeu grandes esforços
no campo educacional e religioso. Em 1679, João Batista alugou uma casa e
fundou uma escola gratuita na qual acolheu professores e definiu um pioneiro
regulamento de definição e aplicação do Ensino Fundamental.
Junto
aos colaboradores que foram surgindo, São João Batista de La Salle fundou uma
nova família religiosa: o primeiro Instituto de base leiga, sem a presença de
sacerdotes. A esta fundação denominou como “Irmãos das Escolas Cristãs”.
E
apesar de ser íntegro em tudo o que fazia, passou por momentos terríveis de
provação, com todos os tipos de perseguições e calúnias. Chegou a pensar que
sua presença estorvava o desenvolvimento da obra e dela se afastou.
Mas
as súplicas dos irmãos persuadiram-no a retornar após alguns meses. Igualmente
revolucionária foi sua ação no campo do ensino, com cursos profissionalizantes
e professorado. É considerado como precursor do ensino popular generalizado.
Neste
apostolado educacional desenvolveu diversas inovações no método de ensino que
até hoje são utilizados. Desenvolveu a chamada Teologia da Educação que
consiste em obras sobre a educação escolar e espiritual. Destacamos o “Guia
para Escolas Cristãs”, um dos melhores livros de pedagogia do século XVII. Para
João Batista a escola que ele criou devia ser: cristã, renovada, adaptada,
formadora e fraternal.
Faleceu
no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado pelo Papa Pio X no ano 1900
e proclamado "Padroeiro celeste,
junto a Deus, de todos os educadores", pelo papa Pio XII.
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