Estamos no Quinto
Domingo da Quaresma. Como vai a nossa preparação para a Páscoa? Já recebemos o
sacramento da Reconciliação?
O Senhor vem mais uma vez ao nosso encontro nesta
Eucaristia. Ele quer que nos purifiquemos para recebermos d’Ele a força
que nos ajuda a sermos bons cristãos.
As
três leituras de hoje falam-nos de Ressurreição, falam-nos de vida. Aquela
linda promessa do Senhor: «Eis que abrirei as vossas sepulturas e vos
farei sair delas», é a promessa do Senhor que tem a vida e a força para
dar a vida, para que aqueles que morreram possam reaver a vida. A segunda
Leitura diz-nos que estamos sob o Espírito Santo e Cristo em nós, o seu
Espírito, ressuscitar-nos-á. E na terceira Leitura, o Evangelho, vimos como
Jesus deu a vida a Lázaro. Lázaro, que está morto voltou à vida.
Todos nós temos
dentro algumas zonas, algumas partes do nosso coração que não estão vivas, que
estão um pouco mortas; e alguns têm mortas tantas partes do coração, uma
verdadeira necrose espiritual! E nós quando temos esta situação apercebemo-nos,
temos vontade de sair dela, mas não podemos. Só o poder de Jesus é capaz de nos
ajudar a sair destas zonas mortas do coração, destes túmulos de pecado, que
todos nós temos. Todos somos pecadores! Mas se estivermos muito apegados a
estes sepulcros e os conservamos dentro de nós e não queremos que todo o nosso
coração ressurja para a vida, tornamo-nos corruptos e a nossa alma começa a
emanar, como diz Marta, «mau cheiro», o cheiro de pessoa que é apegada ao
pecado. E a Quaresma é um pouco para isto. Para que todos, que somos pecadores,
não acabemos apegados ao pecado, mas possamos sentir o que Jesus disse a
Lázaro: bradou em alta voz: "Lázaro,
sai para fora”.
Hoje convido-vos a
pensar nisto por um momento, em silêncio, aqui: onde está a minha necrose
interior?» Onde está a parte morta da minha alma? Onde está o meu túmulo?
Pensai, um minuto, todos em silêncio. Pensemos: qual é aquela parte do coração
que se pode corromper, porque estou apegado aos pecados ou ao pecado ou a
alguns pecados? E tirar a pedra, tirar a pedra da vergonha e deixar que o
Senhor nos diga, como disse a Lázaro: «Sai para fora!». Para que toda a nossa
alma seja curada, ressuscite para o amor de Jesus, para a força de Jesus. Ele é
capaz de nos perdoar. Todos precisamos disto! Todos. Todos somos pecadores, mas
devemos estar atentos a não nos tornarmos corruptos. Pecadores somo-lo, mas Ele
perdoa-nos. Sentimos aquela voz de Jesus que, com o poder de Deus, nos diz: «Sai para fora! Sai daquele túmulo que tens
dentro. Sai. Eu dou-te a vida, eu torno-te feliz, abençoo-te, eu quero-te para
mim».
O Senhor hoje,
neste domingo, no qual se fala tanto da Ressurreição, conceda a todos a graça
de ressurgir dos nossos pecados, de sair dos nossos túmulos; com a voz de Jesus
que nos chama a sair para fora, a ir com Ele.
E outra coisa: no
quinto domingo de Quaresma, quantos se preparavam para o Batismo na Igreja,
recebiam a Palavra de Deus. Levai o Evangelho para casa, traga-o sempre consigo,
para ler um pouquinho de um trecho; abri-lo e ler alguma coisa do Evangelho, quando
estiver numa fila ou quando estiver no ônibus! Ler sempre um bocadinho do
Evangelho. Um pouco todos os dias.
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