Sacerdote, Doutor da Igreja, da Primeira Ordem
(1559-1619). Canonizado por Leão XIII em 1881
"Todo dom, toda graça, todo benefício que temos e que
recebemos continuamente, nós os recebemos por Maria. Se Maria não existisse,
nós não existiríamos e não haveria o mundo"
“Cristo pela encarnação é o rio que brota da fonte perene; Maria
é o aqueduto que conduz a água.”
“A missa é o meu céu na terra.”
São Lourenço nasceu em Brindes, Itália, a 22 de julho de 1559,
aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o
extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para
depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos.
Bem cedo ficou órfão de pai e foi recebido, ainda criança, pelos
Franciscanos Conventuais, frequentando entre eles os estudos.
Perdeu a sua mãe quando tinha 14 anos de idade. Nessa altura,
deixou a cidade onde nascera e também o seminário dos Conventuais e passou a
viver em Veneza, na casa de um tio paterno. Ali, conheceu os Capuchinhos e
pediu para ser recebido na Ordem.
Passou o ano de noviciado em Veneza, foi admitido à
profissão religiosa. E começou a estudar Lógica em Pádua e em Veneza iniciou o
estudo da Filosofia e Teologia.
Dotado de inteligência excepcional e levado pela sede
insaciável de saber, aplicou-se em profundidade, sobretudo, nos estudos
bíblicos. Dedicou especial cuidado às línguas bíblicas, que aprendeu com tal
perfeição e provocava a admiração nos próprios rabinos.
A sua memória era verdadeiramente prodigiosa. Pode-se
dizer que falava todas as línguas de então. Ordenado sacerdote em Veneza, onde
recebeu a ordenação e assumiu o novo nome – Lourenço – foi-lhe confiado o
ensino da Teologia. Pelo conhecimento das ciências sagradas, pelos dotes de
orador e pela sua santidade, conquistou a estima de todos os sábios daquele
tempo e de seus irmãos. Pelo conhecimento das diversas línguas, teve
possibilidade de percorrer toda a Europa levando a toda a parte, mesmo a
regiões onde proliferavam muitas heresias, uma palavra firme de verdade, de
obediência e de fé. Foi eleito, diversas vezes, Ministro Provincial e Ministro
Geral da Ordem.
Percorreu novamente (e a pé) grande parte da Europa, em visita
aos seus irmãos, edificando-os com o exemplo da sua vida e com a sua palavra
fervorosa. O segredo dos seus incontáveis recursos foi a devoção terna a Nossa
Senhora, cujos privilégios e vida soube descrever com palavras de entusiasmo.
Clemente VIII chamou-o a Roma para o enviar à Hungria, Boêmia,
Bélgica, Suíça, Alemanha, França e Portugal.
Foi pregador e embaixador junto de diversos soberanos de nações
cristãs. Depois da Guerra, o Papa Paulo V mandou-o como embaixador de paz entre
as potências cristãs frequentemente em guerra. Conseguiu conquistar o espírito
dos mais turbulentos soberanos com a sua humildade, mansidão e a sua eloquência
de homem habituado à oração e à penitência.
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