A experiência
do mistério pascal renova todas as coisas pois, como cantamos na proclamação
pascal: "Afasta os pecados, lava
as culpas, devolve a inocência aos que caíram e a alegria aos que estão
tristes". Este espírito animou toda a existência de Carlos Manuel Rodriguez Santiago, primeiro
porto-riquenho elevado à glória dos altares. O novo Beato, iluminado pela fé na ressurreição, compartilhava com
todos o profundo significado do Mistério pascal, repetindo frequentemente: "Nós vivemos para esta noite", a
noite da Páscoa. O seu fecundo e generoso apostolado consistia sobretudo em
esforçar-se para que a Igreja em Porto Rico adquirisse consciência do grandioso
acontecimento da nossa salvação.
Carlos
Manuel Rodríguez pôs em evidência a chamada universal à santidade de todos os
cristãos e a importância de que cada um dos batizados lhe corresponda de
maneira consciente e responsável. O seu exemplo ajude toda a Igreja de Porto
Rico a ser fiel, vivendo com coerência firme os valores e os princípios
cristãos recebidos na evangelização dessa Ilha.
Papa João Paulo II - Homilia
de Beatificação – 29 de abril de 2001
Carlos Manuel Rodriguez Santiago, carinhosamente conhecido como Charlie.
Nascido em Caguas, consumou a sua entrega ao Senhor com quarenta e
quatro anos, depois de uma vida fecunda de apostolado e após ter sofrido com
grande fortaleza os padecimentos da enfermidade.
A vida
deste novo Beato é a de um leigo empenhado na difusão do humanismo cristão no
âmbito universitário. Desempenhou a sua tarefa apostólica no Centro Universitário
Católico, animando os seus membros a viver o momento presente, em fidelidade ao
passado e abertos ao futuro, promovendo a difusão de um pensamento de perfeito
equilíbrio cristão entre o natural e o sobrenatural, entre o antigo e o
moderno.
Os leigos
de Porto Rico encontraram nesta figura serena da vossa terra, e tão próxima de
nós no tempo, um exemplo que se deve imitar. Por isso, reunidos nos
"Círculos" que têm o seu nome, e animados também pelos Bispos,
promovestes a sua causa. Alegro-me com esta iniciativa que se viu culminada com
a solene cerimônia de ontem. Agora, tendo já sido proposto oficialmente como
modelo de santidade, é também um dos vossos cidadãos que do céu intercede por
vós.
Papa João Paulo II –
30 de abril de 2001
O beato Carlos Manuel Rodriguez Santiago, nasceu em
22 de novembro de 1918 em Caguas, Porto Rico e faleceu em 13 de julho de
1963. Ele era um leigo e foi beatificado no dia 29 de abril de 2001 e tornou-se
o primeiro porto riquenho, no primeiro caribenho a ser beatificado pela Igreja.
Rodriguez era filho de Manuel Baudilio Rodríguez e
Hermínia Santiago, ambos de famílias muito católicas. Ele foi batizado na
Igreja Doce Nome de Jesus em Caguas no dia 4 de maio de 1919, era o segundo
filho de cinco irmãos e irmãs. Duas de suas irmãs se casaram, enquanto que a
outra se tornou irmã carmelita. Seu único irmão, Pepe Rodríguez é padre
beneditino.
Carlos foi educado no Colégio de Nossa Senhora em
Caguas. Aos 12 anos de idade salvou seu primo de um ataque de cachorro. Ele
ficou muito ferido durante o ataque, recebendo muitos golpes que o deixaram com
sérios problemas intestinais.
Na universidade, Rodriguez tornou-se um ministro
leigo. Ele professava uma extrema devoção para com a Liturgia e trabalhou
arduamente para reverter a perda dos costumes litúrgicos que tinha se perdido
por gerações. Ele expressava uma atenção especial pela Vigília Pascal, dizendo
que tinha perdido muito de suas características. Uma de suas favoritas frases
era "Nós vivemos para esta
noite".
Estes são os dizeres sobre o seu túmulo localizado
na Catedral Doce Nome de Jesus em Caguas.
Rodriguez era um leigo tímido, humilde e de saúde
frágil, que morreu aos 44 anos de idade, vítima de problemas de colite.
Estudioso de Liturgia, o porto-riquenho traduzia os textos do italiano para o
espanhol, para a melhor compreensão de seus discípulos.
Nos círculos de oração por ele criados em sua
cidade natal, Caguas, e na Universidade de Porto Rico, ajudou na formação de
muitos profissionais e seminaristas. Apesar de leigo, dedicou toda a sua vida a
levar a Palavra de Deus aos jovens, para que conhecessem "um Deus
vivo".
Em 1981, uma mulher de 42 anos de idade foi diagnosticada
com um câncer maligno. Ela e seu marido tinham sido amigos de
Carlos durante os anos de colégio e sabiam que ele tinha morrido de
câncer, então ela pediu a intercessão de Carlos e recebeu pela sua intercessão
o milagre de sua cura.
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