quarta-feira, 13 de julho de 2016

Beato Carlos Manuel Rodriguez Santiago



A experiência do mistério pascal renova todas as coisas pois, como cantamos na proclamação pascal: "Afasta os pecados, lava as culpas, devolve a inocência aos que caíram e a alegria aos que estão tristes". Este espírito animou toda a existência de Carlos Manuel Rodriguez Santiago, primeiro porto-riquenho elevado à glória dos altares. O novo Beato, iluminado pela fé na ressurreição, compartilhava com todos o profundo significado do Mistério pascal, repetindo frequentemente: "Nós vivemos para esta noite", a noite da Páscoa. O seu fecundo e generoso apostolado consistia sobretudo em esforçar-se para que a Igreja em Porto Rico adquirisse consciência do grandioso acontecimento da nossa salvação.
Carlos Manuel Rodríguez pôs em evidência a chamada universal à santidade de todos os cristãos e a importância de que cada um dos batizados lhe corresponda de maneira consciente e responsável. O seu exemplo ajude toda a Igreja de Porto Rico a ser fiel, vivendo com coerência firme os valores e os princípios cristãos recebidos na evangelização dessa Ilha.
Papa João Paulo II - Homilia de Beatificação – 29 de abril de 2001

Carlos Manuel Rodriguez Santiago, carinhosamente conhecido como Charlie. Nascido em Caguas, consumou a sua entrega ao Senhor com quarenta e quatro anos, depois de uma vida fecunda de apostolado e após ter sofrido com grande fortaleza os padecimentos da enfermidade.
A vida deste novo Beato é a de um leigo empenhado na difusão do humanismo cristão no âmbito universitário. Desempenhou a sua tarefa apostólica no Centro Universitário Católico, animando os seus membros a viver o momento presente, em fidelidade ao passado e abertos ao futuro, promovendo a difusão de um pensamento de perfeito equilíbrio cristão entre o natural e o sobrenatural, entre o antigo e o moderno.
Os leigos de Porto Rico encontraram nesta figura serena da vossa terra, e tão próxima de nós no tempo, um exemplo que se deve imitar. Por isso, reunidos nos "Círculos" que têm o seu nome, e animados também pelos Bispos, promovestes a sua causa. Alegro-me com esta iniciativa que se viu culminada com a solene cerimônia de ontem. Agora, tendo já sido proposto oficialmente como modelo de santidade, é também um dos vossos cidadãos que do céu intercede por vós.
Papa João Paulo II – 30 de abril de 2001

O beato Carlos Manuel Rodriguez Santiago, nasceu em 22 de novembro de 1918 em Caguas, Porto Rico e faleceu em 13 de julho de 1963. Ele era um leigo e foi beatificado no dia 29 de abril de 2001 e tornou-se o primeiro porto riquenho, no primeiro caribenho a ser beatificado pela Igreja.

Rodriguez era filho de Manuel Baudilio Rodríguez e Hermínia Santiago, ambos de famílias muito católicas. Ele foi batizado na Igreja Doce Nome de Jesus em Caguas no dia 4 de maio de 1919, era o segundo filho de cinco irmãos e irmãs. Duas de suas irmãs se casaram, enquanto que a outra se tornou irmã carmelita. Seu único irmão, Pepe Rodríguez é padre beneditino.

Carlos foi educado no Colégio de Nossa Senhora em Caguas. Aos 12 anos de idade salvou seu primo de um ataque de cachorro. Ele ficou muito ferido durante o ataque, recebendo muitos golpes que o deixaram com sérios problemas intestinais.
Na universidade, Rodriguez tornou-se um ministro leigo. Ele professava uma extrema devoção para com a Liturgia e trabalhou arduamente para reverter a perda dos costumes litúrgicos que tinha se perdido por gerações. Ele expressava uma atenção especial pela Vigília Pascal, dizendo que tinha perdido muito de suas características. Uma de suas favoritas frases era "Nós vivemos para esta noite". 
Estes são os dizeres sobre o seu túmulo localizado na Catedral Doce Nome de Jesus em Caguas.
Rodriguez era um leigo tímido, humilde e de saúde frágil, que morreu aos 44 anos de idade, vítima de problemas de colite. Estudioso de Liturgia, o porto-riquenho traduzia os textos do italiano para o espanhol, para a melhor compreensão de seus discípulos.
Nos círculos de oração por ele criados em sua cidade natal, Caguas, e na Universidade de Porto Rico, ajudou na formação de muitos profissionais e seminaristas. Apesar de leigo, dedicou toda a sua vida a levar a Palavra de Deus aos jovens, para que conhecessem "um Deus vivo".

        
Em 1981, uma mulher de 42 anos de idade foi diagnosticada com um câncer maligno. Ela e seu marido tinham sido amigos de Carlos durante os anos de colégio e sabiam que ele tinha morrido de câncer, então ela pediu a intercessão de Carlos e recebeu pela sua intercessão o milagre de sua cura. 


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