terça-feira, 18 de agosto de 2015

Santo Alberto Hurtado Cruchaga

Alberto Hurtado Cruchaga nasceu em 22 de janeiro de 1901 no seio de uma família cristã.



Seus pais, Alberto Hurtado e Ana Cruchaga viviam em um campo próximo à localidade de Casablanca no Chile. Na fazenda As Pereiras do Tapihue, Alberto passou seus primeiros anos de vida. Mas quando tinha quatro anos, seu pai faleceu.

Sua mãe ficou sozinha, a cargo de Alberto e de seu irmão Miguel. A venda da fazenda se
fez necessária junto com a mudança a Santiago.

Acolhidos por seus familiares, Alberto, Miguel e dona Ana, iniciaram uma nova etapa de suas vidas na capital.

Em 1909 ingressou no Colégio Santo Inácio, onde destacou por ser bom companheiro, entusiasta e alegre. Foi neste lugar onde começou a manifestar-se sua vocação, essa vontade de ajudar aos outros estando a serviço de Cristo.

Entretanto, embora sabia que por sobre todas as coisas queria ser sacerdote, a difícil situação econômica de sua mãe o fazia impossível cumprir seu sonho de entrar na Companhia de Jesus. Por isso, uma vez finalizado o colégio, começou a estudar Direito na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Para ajudar a sua família trabalhava nas tardes e nas poucas horas que ficavam livres o dedicava à Paróquia Virgem de Andacollo.

Sua vocação sacerdotal seguia presente, embora os anos passavam, ele não perdia a esperança. Finalmente suas orações foram escutadas e em 1923 pôde cumprir seu sonho e ingressar no noviciado. Depois de vários anos de estudos, foi ordenado sacerdote na Bélgica, em 1933.

Voltou para o Chile em 1936. Imediatamente ficou a trabalhar como professor do Colégio Santo Inácio, onde muitos jovens procuravam sua companhia e orientação. Sua influência entre os jovens ultrapassou os limites do colégio. Foi chamado então como assessor da Ação Católica Juvenil. Com seus jovens colaboradores percorreu a pátria inflamando os corações juvenis com o desejo de lutar pela glória de Cristo.

Jesus o chamava. Em cada lugar o Padre Alberto Hurtado via a face de Cristo nos pobres. Havia tantos que necessitavam teto, abrigo e comida. Para eles fundou o Lar de Cristo em 1944.

Sem tempo para desfalecer sempre tinha um novo projeto entre suas mãos. Uma nova casa de acolhida para crianças, oficinas de ensino, mais camas para as hospedarias, eram algumas das milhares de idéias que rondavam em sua cabeça, face à incompreensão de muitos, sempre encontrava a força para seguir servindo a Cristo.

Sua obra se multiplicou com seu trabalho na Ação Católica, na Ação Sindical do Chile e na Revista Mensagem. Face à quantidade de tarefas impostas, nunca deixou de dar Direcionamento Espiritual. Com seu melhor sorriso recebia e escutava a seus "patrõezinhos".

Tinha 51 anos quando lhe diagnosticaram um câncer. Com as fortes dores de sua enfermidade, continuou trabalhando por Cristo desde sua cama no Hospital Clínico da Universidade Católica. Até o final se manteve alegre e contente, sempre dando uma palavra de esperança e apoio a quem o visitava.

Em 18 de agosto de 1952 o Padre Alberto Hurtado Cruchaga deixou este mundo, partindo para o encontro definitivo com Cristo. Seu esforço, sua luta, sua alegria e seu intenso amor por Jesus deram frutos. Em 16 de outubro de 1994, Sua Santidade João Paulo II beatificou o Padre Hurtado. Em 23 de outubro de 2005 foi canonizado.

Vejamos parte da homilia do Papa Bento XVI em sua canonização em 2005.

"Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração... Amarás o teu próximo como a ti mesmo"(Mt 22, 37.39). 
Foi este o programa de vida do santo Alberto Hurtado, que se quis identificar com o Senhor e amar os pobres com o seu amor. A formação que recebeu na Companhia de Jesus, consolidada pela oração e pela adoração da Eucaristia, levou-o a deixar-se conquistar por Cristo, sendo um verdadeiro contemplativo na acção. No amor e na entrega total à vontade de Deus encontrou a força para o apostolado. Fundou O Lar de Cristo para os mais necessitados e para os sem-tecto, oferecendo-lhes um ambiente familiar cheio de calor humano. No seu ministério sacerdotal ele sobressaía pela sua sensibilidade e disponibilidade para com o próximo, sendo uma imagem viva do mestre "manso e humilde de coração". No final dos seus dias, entre as grandes dores da enfermidade, ainda teve forças para repetir: "Estou contente, Senhor, estou contente", expressando assim a alegria com que sempre viveu.

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