domingo, 9 de agosto de 2015

Santa Teresa Benedita da Cruz

Edith Stein, a caçula de uma numerosa família hebraica, era de temperamento forte, vivaz e independente, de uma inteligência muito precoce, que lhe proporcionou o primeiro lugar da classe durante toda a sua vida escolar. Crescendo numa família praticante da religião judaica, ela acreditava em Deus e a Ele dirigia suas preces.

Porém, ao atingir a adolescência, perdeu a fé na existência de Deus, parou de rezar. Ela própria relatou mais tarde: "Com plena consciência e por livre decisão, deixei de rezar. Meus anseios de conhecer a Verdade eram minha única oração."

Edith leu os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, por mero interesse acadêmico. Entretanto, ao perceber a densa espiritualidade contida nessa obra, fez os trinta dias de meditações, no fim dos quais desejou ardentemente se tornar católica. Todavia, precisou vencer ainda algumas batalhas interiores antes de chegar à conversão definitiva.

Esta chegou quando ela tinha 30 anos.  Edith foi convidada a passar algumas semanas na casa de campo de uma amiga. Certo dia, estando só na casa, apanhou ao acaso um livro na estante. Deus lhe punha nas mãos a "Vida de Santa Teresa de Ávila, escrita por ela mesma". "Comecei a ler e fiquei tão arrebatada que não consegui parar até terminá-lo. Quando o fechei, disse comigo mesma: ‘Esta é a Verdade!'"
  
Pediu o Batismo, tornou-se Católica e depois Carmelita. Morreu num campo de concentração nazista e deixa para nós uma belíssima história de amor a Deus e ao próximo. Participar do sofrimento de Cristo pela humanidade.

“Durante  tempo que precedeu a minha conversão e inclusive um bom tempo depois, tinha a convicção de que levar uma vida religiosa significava o abandono de tudo do mundo terrestre, para viver somente no pensamento de coisas divinas. Progressivamente aprendi a reconhecer que algo mais nos é pedido neste mundo e que, inclusive na vida contemplativa, a ligação com o mundo não deve ser rompida.
Creio inclusive que, quanto mais profunda é a atração que nos conduz a deus, maior é o dever de sair de si mesmo, neste sentido também, é descer em direção ao mundo e levar ali a vida divina.”

“Há uma vocação a sofrer com Cristo e portanto a colaborar em sua obra de redenção. Se estamos unidos ao Senhor, então somos membros do Corpo Místico de Cristo; Cristo vive em seus membros e sofre com isso, e todo sofrimento vivido em união com o Senhor é sofrimento que dá fruto porque toma parte na grande obra da redenção. É uma ideia de fundo da vida religiosa, e mais ainda da vida carmelita, através de uma livre e alegre aceitação do sofrimento pelos pecadores e participação na redenção da humanidade."


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