Santa Catarina de Suécia, nasceu
em 1331. Era a quarta filha do Príncipe Ulf Gudmarsson, e de sua
esposa, Santa Brígida da Suécia. Pequena ainda foi confiada à abadessa do
Mosteiro Cisterciense de Bisberg, para ali receber sua educação.
Por decisão de seu pai,
casou-se aos dezesseis anos com o virtuoso Conde Egard Lydersson van
Kurner. Como era freqüente então, os jovens esposos decidiram, de comum acordo,
viver em castidade, imitando a Santíssima Virgem e São José, e inteiramente
dedicados à oração, aos jejuns e às obras de caridade.
Karl, o irmão mais velho de
Catarina, príncipe leviano e mundano, procurou de todas as formas afastar a
irmã de tal vida de perfeição, sem resultado. Por outro lado, com suas
admoestações e com seu exemplo Santa Catarina conseguiu que sua cunhada, Gyda,
esposa de Karl, renunciasse à vida luxuosa e dissipada que levava.
Numa peregrinação a Santiago
de Compostela, que Santa Brígida fizera com o marido, este faleceu ainda na
Espanha. Viúva, Santa Brígida resolveu ir para Roma, a fim de estar nos lugares
santos e para socorrer os peregrinos suecos.
Catarina desejou
ardentemente ir reunir-se à mãe. Tendo obtido a permissão do marido, iniciou a
longa viagem para Roma no Ano Santo de 1350. Quando chegou na Cidade Eterna,
sua mãe se encontrava no Mosteiro de Farfa, no Lácio. Dirigiu-se então Catarina
para aquele mosteiro para se encontrar com a mãe.
Catarina havia passado já
algumas semanas com a mãe, quando decidiu voltar à Suécia. Contudo, sua mãe
havia tido uma revelação divina em que Deus a fazia
saber que Catarina era a companheira e a colaboradora que Ele havia designado
para que Brígida concluísse a fundação da Ordem de São Salvador.
Consultada sobre os planos
de Deus a seu respeito, sabedora que junto com sua mãe teria que enfrentar
dores e contrariedades, Catarina respondeu que estava disposta a acatar a
vontade divina, nem que para isso devesse deixar a Pátria, os amigos e
parentes, e mesmo seu esposo. Pouco depois Santa Brígida tomou conhecimento,
por meio de uma visão, do falecimento do Conde Egard em seu castelo
da Suécia.
Catarina passou então por
uma provação enorme: foi invadida por uma grande depressão. Em meio à tristeza
sentia um grande amargor e desalento. Enquanto sua mãe e seus acompanhantes
visitavam as igrejas romanas para ganhar indulgências, ela permanecia
em casa. A Virgem Maria veio em seu socorro: apareceu-lhe
e prometeu-lhe sua proteção se ficasse junto de sua mãe.
Catarina obedeceu a sua Mãe
celeste: ela e a mãe viviam em Roma na mais estrita pobreza voluntária,
ganhando o sustento com o trabalho de suas mãos, visitando igrejas,
dedicando-se a penitências e jejuns, sem abandonar os exercícios de piedade,
especialmente a meditação da Paixão de Cristo, e praticando a caridade. Davam
esmolas aos pobres e ensinavam a doutrina católica para os pobres estrangeiros.
Os biógrafos nos contam um
fato que ressalta a ternura filial de Catarina. Ela e sua mãe dormiam sobre o
solo; porém quando Santa Brígida já havia adormecido, sua filha procurava pôr
uma almofada sob a cabeça da mãe.
Catarina viveu durante 25 anos
com sua mãe, a quem procurava imitar. Em 1372, ela e seu irmão Birger
acompanharam a mãe em peregrinação pela Itália - foram a Assis para visitar a
igreja de São Francisco - e chegaram à Terra Santa. Após regressarem a Roma,
Santa Brígida faleceu, em 1373, e foi enterrada na Igreja de São Lourenço. Seu
corpo foi depois transladado para a Suécia por Catarina.
A passagem dos restos
mortais de Santa Brígida pela Suécia foi uma procissão triunfal. O povo acudia
de toda parte e os milagres floresciam.
Após o enterro de sua mãe,
Catarina ingressou no Mosteiro de Vadstena, vivendo ali sob a Regra que
durante vinte e cinco anos havia praticado em Roma junto de sua mãe. Pouco
tempo depois, foi eleita abadessa.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.
Catarina voltou a Roma para
apressar a canonização de sua mãe, lá permanecendo cinco anos. Com a morte de
Gregório XI e o cisma que ocorreu com a ascensão de Urbano VI, a canonização de
Santa Brígida só seria aprovada por Bonifácio IX em 1401, quando Catarina já
havia falecido.
Em 1380, Catarina já estava
de volta ao seu Mosteiro de Vadstena, onde morreu em 24 de março de
1381, após longos meses de enfermidade, dando exemplos de humildade,
mortificação e paciência. Mas, o fim de sua vida não foi o fim de sua
influência. Logo após seu falecimento luzes eram vistas sobre seu corpo, e por
vários dias uma estrela pairou sobre a casa onde estavam seus restos mortais.
Conta-se que em uma ocasião
Catarina salvara Roma de uma inundação apenas tocando as águas do Tibre com
seus pés. Ainda em Roma, a irmã de um de seus conhecidos caiu doente. Ela havia
levado uma vida pecaminosa e, apesar de estar à morte, não queria se arrepender
nem se confessar. Santa Catarina de joelhos pediu a Deus que comovesse aquele
coração duro. Imediatamente desencadeou-se uma grande tormenta que abrandou o
coração da moribunda: ela fez uma confissão contrita e morreu convertida.
Seus biógrafos relatam
inúmeros outros milagres, certificados e fidedignos, apresentados em seu
processo de canonização.
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