domingo, 9 de novembro de 2014

Poema da Santa Elisabete da Trindade


No declinar da vida só resta o amor

À luz da eternidade, a alma vê as coisas na sua verdadeira imagem;
Oh, como tudo é inútil, o que não foi feito por Deus e com Deus !
Peço-vos, oh, marcai tudo com o selo do amor !
Só isso resta.
Porque a vida é uma coisa muito séria: cada minuto nos é dado
para nos “enraizarmos” mais em Deus, segundo a expressão de
São Paulo, para que a semelhança com o nosso divino Modelo seja
mais  viva, a união mais íntima.
Mas para realizar esse plano que é do próprio Deus,
eis o segredo:  esquecermo-nos de nós, abandonarmo-nos, não
nos importarmos conosco, olhar o Mestre, olhar apenas para Ele,
receber igualmente como vindos diretamente do seu amor,
a alegria ou a dor; Isso estabelece a alma numas regiões tão serenas !...
Deixo-vos a minha fé na presença de Deus, do Deus todo amor
que habita  nas almas.
Confio-vo-lo: é essa intimidade com Ele “cá dentro”,
que foi o belo sol irradiante da minha vida, sendo como que um
Céu antecipado; é o que me ajuda hoje no sofrimento.
Não tenho medo da minha fraqueza, é ela que me dá confiança,
porque o Forte está em mim e a sua virtude é poderosa;

ela opera, diz o Apóstolo, além do que podemos esperar !

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