São Bruno é também conhecido
por Bruno de Segni, já que foi nessa Cidade da região do Lázio, na Itália, que,
como Bispo, ele teve seus momentos de maior produção para a Igreja à qual
servia e que certamente lhe fora destinada por Nosso Senhor Jesus Cristo.Bruno de Segn
Sim, Bruno foi, em vida, uma
dessas pessoas em cujos destinos se percebe, nitidamente, “o dedo de Deus”. E
isto desde seu nascimento.
A minúscula Comuna de Solero,
onde nasceu e que nos dias atuais tem uma população que não chega a dois mil
habitantes, tornou-se famosa por ter ali, repousando, os restos mortais de São
Perpétuo, Bispo de Tours no Século IX e consagrado por sua Caridade. Para
guardá-los, construiu-se um belo templo, que permanece sendo a construção de
maior destaque do local.
São Bruno foi batizado e
crismado, na Igreja de São Perpétuo e nessa Igreja ele aprendeu a graça do
serviço prestado a Jesus, pois não havia sequer uma única celebração na qual
não se destacasse a presença de seus pais, alternando-se nas mais variadas
funções.
Já apegado a Jesus e à Sua
Igreja, São Bruno foi encaminhado bem cedo a um Mosteiro beneditino, a fim de
aprender as primeiras letras, adquirindo sua formação primária. Não saiu mais!
Para completar sua formação
sacerdotal, o mesmo teve que mudar-se para Bolonha (Bologna). Era o início da
bela caminhada que terminaria em Segni.
A formação intelectual de
Bruno logo se fez conhecer pelas altas autoridades da Igreja e assim quatro
foram os Papas que o convocaram para secretariá-los. Manifestavam-se, então, os
sinais que o indicavam nascido para ser instrumento de Deus.
Em razão de sua notabilidade,
São Bruno foi convocado a participar do grande Concílio de Tours, onde se fez
marcante sua presença. É nesse Concílio que nasce a dispensa do Latim na
condução das celebrações, permitindo-se que tanto na França quanto na Alemanha,
se liberasse aos celebrantes o emprego da língua do país. E muito disto se deve
à ação de São Bruno.
Do respeito e da admiração
trocada entre ambos, nasce a grande amizade de São Bruno para com o Papa
Gregório VII, que também viria a se tornar um santo católico. É este o Papa que
torna Bruno Bispo de Segni, após ele modestamente recusar o Cardinalato.
Além do grande brilho
imprimido à condução de sua Diocese, São Bruno volta a se destacar na reforma
eclesiástica iniciada pelo Papa Gregório VII e concluída por Urbano II, o mesmo
a quem acompanhou no Concílio de Clermont, onde se reuniram sacerdotes e leigos
e de cujas resoluções, a mais importante e que viria a se inscrever na História
do Cristianismo, foi a instalação da Primeira Cruzada.
Muitas foram as lutas pela
preservação do comando pontifício na formação da ritualística Católica, já que
Reis e Imperadores de então se julgavam no direito de interferir na sua
formação.
Em 1102, a seu pedido,
retirou-se para a histórica Abadia de Montecasino, a mesma onde São Bento
escreveu sua famosa Regra. Ali, com o passar do tempo, enquanto compunha obras
que se tornariam ícones do Catolicismo, mesmo não tendo abdicado de sua Mitra,
por unânime reivindicação tornou-se seu abade.
Como resultado das inúmeras
contendas por ele assumidas e o natural desgaste delas oriundo, São Bruno
viu-se obrigado a reassumir sua Diocese em caráter exclusivo, abandonando,
assim, sua abadia.
Como Bispo de Segni, São
Bruno, o instrumento utilizado por Deus para manter una e santa a Igreja de Seu
Filho, veio a falecer. Era o ano de 1123, o mesmo em que ele comemorava seus 75
anos de idade.
Foi canonizado 60 anos depois
pelo papa Lúcio III.
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