sábado, 18 de julho de 2020

18 de julho - São Bruno de Segni

Bruno de Segn
São Bruno é também conhecido por Bruno de Segni, já que foi nessa Cidade da região do Lázio, na Itália, que, como Bispo, ele teve seus momentos de maior produção para a Igreja à qual servia e que certamente lhe fora destinada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Sim, Bruno foi, em vida, uma dessas pessoas em cujos destinos se percebe, nitidamente, “o dedo de Deus”. E isto desde seu nascimento.

A minúscula Comuna de Solero, onde nasceu e que nos dias atuais tem uma população que não chega a dois mil habitantes, tornou-se famosa por ter ali, repousando, os restos mortais de São Perpétuo, Bispo de Tours no Século IX e consagrado por sua Caridade. Para guardá-los, construiu-se um belo templo, que permanece sendo a construção de maior destaque do local.

São Bruno foi batizado e crismado, na Igreja de São Perpétuo e nessa Igreja ele aprendeu a graça do serviço prestado a Jesus, pois não havia sequer uma única celebração na qual não se destacasse a presença de seus pais, alternando-se nas mais variadas funções.  

Já apegado a Jesus e à Sua Igreja, São Bruno foi encaminhado bem cedo a um Mosteiro beneditino, a fim de aprender as primeiras letras, adquirindo sua formação primária. Não saiu mais!

Para completar sua formação sacerdotal, o mesmo teve que mudar-se para Bolonha (Bologna). Era o início da bela caminhada que terminaria em Segni.

A formação intelectual de Bruno logo se fez conhecer pelas altas autoridades da Igreja e assim quatro foram os Papas que o convocaram para secretariá-los. Manifestavam-se, então, os sinais que o indicavam nascido para ser instrumento de Deus.

Em razão de sua notabilidade, São Bruno foi convocado a participar do grande Concílio de Tours, onde se fez marcante sua presença. É nesse Concílio que nasce a dispensa do Latim na condução das celebrações, permitindo-se que tanto na França quanto na Alemanha, se liberasse aos celebrantes o emprego da língua do país. E muito disto se deve à ação de São Bruno.

Do respeito e da admiração trocada entre ambos, nasce a grande amizade de São Bruno para com o Papa Gregório VII, que também viria a se tornar um santo católico. É este o Papa que torna Bruno Bispo de Segni, após ele modestamente recusar o Cardinalato.

Além do grande brilho imprimido à condução de sua Diocese, São Bruno volta a se destacar na reforma eclesiástica iniciada pelo Papa Gregório VII e concluída por Urbano II, o mesmo a quem acompanhou no Concílio de Clermont, onde se reuniram sacerdotes e leigos e de cujas resoluções, a mais importante e que viria a se inscrever na História do Cristianismo, foi a instalação da Primeira Cruzada.

Muitas foram as lutas pela preservação do comando pontifício na formação da ritualística Católica, já que Reis e Imperadores de então se julgavam no direito de interferir na sua formação.

Em 1102, a seu pedido, retirou-se para a histórica Abadia de Montecasino, a mesma onde São Bento escreveu sua famosa Regra. Ali, com o passar do tempo, enquanto compunha obras que se tornariam ícones do Catolicismo, mesmo não tendo abdicado de sua Mitra, por unânime reivindicação tornou-se seu abade.

Como resultado das inúmeras contendas por ele assumidas e o natural desgaste delas oriundo, São Bruno viu-se obrigado a reassumir sua Diocese em caráter exclusivo, abandonando, assim, sua abadia.

Como Bispo de Segni, São Bruno, o instrumento utilizado por Deus para manter una e santa a Igreja de Seu Filho, veio a falecer. Era o ano de 1123, o mesmo em que ele comemorava seus 75 anos de idade.

Foi canonizado 60 anos depois pelo papa Lúcio III.


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