Jesus
Cristo, coberto de desprezo e de insultos pelos seus inimigos, aplica-Se ainda
mais a fazer-lhes o bem. Percorria cidades, aldeias e sinagogas, ensinando-nos
a responder às calúnias, não com calúnias, mas através de boas obras. Se, ao
fazeres o bem ao teu próximo, tens em vista agradar a Deus e não aos homens,
façam estes o que fizerem, não deixes tu de fazer o bem; a tua recompensa será
maior. Eis a razão por que Cristo não esperava que os doentes fossem ter com
Ele, mas Ele próprio ia ter com eles, levando-lhes simultaneamente dois bens
essenciais: a Boa Nova do Reino e a cura de todos os seus males.
Para Cristo, porém, isso não era suficiente;
Ele manifestava ainda de outra maneira a sua compaixão. “Ao ver as multidões, encheu-Se
de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor.
Jesus disse então aos seus discípulos: A messe é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”
Note-se uma vez mais o seu desapego à vanglória. Não querendo que toda a gente
O seguisse, enviava os seus discípulos. Queria instruí-los, não apenas para as
lutas que iriam suportar na Judeia, mas também para os combates que começariam
em toda a Terra.
Jesus deu aos seus discípulos o poder de
curar os corpos, esperando confiar-lhes o poder, não menos importante, de curar
as almas. Repara como mostra ao mesmo tempo a facilidade e a necessidade desta
obra. Efetivamente, que foi que Ele disse? “A messe é grande, mas os trabalhadores são
poucos”: não é à sementeira que vos envio, mas à messe. Falando assim,
Nosso Senhor dava-lhes confiança e mostrava-lhes que o trabalho mais importante
já tinha sido realizado.
São
João Crisóstomo - século V
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