A
lei do sábado era, no início, da maior importância, pois ensinava os judeus a
serem pacíficos e cheios de humanidade para com o seu próximo; a crerem na
sabedoria e na providência de Deus Criador. Quando Deus lhes deu a lei do
sábado, fê-los compreender que apenas queria que eles se abstivessem de todo o
mal: «No decurso desse dia, não realizareis trabalho algum, salvo a preparação
do alimento para todos» (Ex 12,16 LXX). Deste modo, a sombra da Lei preparava a
luz da verdade plena.
Cristo
terá então abolido uma lei tão útil? De modo nenhum: levou-a ainda mais longe. Deixara
de ser necessário ensinar deste modo que Deus era o Criador de tudo o que
existe, e formá-los na amabilidade para com os outros, pois eram agora
convidados a imitar o amor de Deus pelos homens segundo esta palavra: «Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6,36). Deixara de ser
necessário fixar um dia de festa para aqueles que eram convidados a fazer da
sua vida uma festa. Que necessidade havia de uma lei do sábado para o cristão,
que passa a sua vida numa celebração contínua e sempre a pensar no céu? Sim,
irmãos, celebremos este sábado celeste e contínuo.
São
João Crisóstomo – século V
Hoje celebramos:
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