quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

25 de janeiro - Como eu não podia enxergar, por causa do brilho daquela luz, cheguei a Damasco guiado pela mão dos meus companheiros. At 22,11

Paulo ficou cego na hora do seu chamamento, mas essa cegueira fez dele um archote de luz para o mundo. Ele via para fazer o mal; na sua sabedoria, Deus cegou-o para lhe dar a luz, a fim de que fizesse o bem. Deus não lhe mostrou apenas o seu poder; revelou-lhe também o coração da fé que ele ia pregar, ordenando-lhe que fechasse os olhos, quer dizer, que afastasse os preconceitos e as falsas luzes da razão com vista a acolher a boa doutrina, a «tornar-se louco para ser sábio», como ele dirá mais tarde (1Cor 3,18).

Fervoroso, impetuoso, Paulo precisava de um travão enérgico para não ser arrastado pelo seu ímpeto e desprezar a voz de Deus. Então, Deus começou por reprimir esse impulso; apazígua a sua cólera infligindo-lhe a cegueira, e depois fala-lhe. Dá-lhe a conhecer a sua sabedoria insondável, para que reconheça Aquele que combatia e compreenda que já não pode resistir à sua graça. Não é a privação da luz que o cega; é a superabundância da luz.

Deus escolheu bem o momento. Paulo é o primeiro a reconhecê-lo: «Quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça – revelar o seu Filho em mim …» (Gal 1,15ss). Aprendamos pois, da boca do próprio Paulo, que nunca ninguém encontrou a Cristo sozinho. Foi Cristo quem Se revelou e Se deu a conhecer. Como diz o Salvador: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16).


São João Crisóstomo - Século V

Hoje celebramos: 


Nenhum comentário:

Postar um comentário