Antonio
Maria Pucci nasceu em Poggiole, pequeno povoado da diocese de Pistóia, em 1819.
Filho de pais exemplares. Era o segundo de nove filhos. Desde jovem, foi sempre
aplicado nos estudos e assíduo na oração. Aos 18 anos de idade, animado por uma
filial devoção à Mãe de Deus, ingressou na Ordem dos Servos de Maria. Fez o
noviciado em Florença. Depois, em Monte Senário, estudou filosofia e teologia e
emitiu a profissão solene dos votos.
Em 1844, um ano depois de ordenado presbítero,
foi enviado para Viareggio como vigário paroquial; em 1847, foi nomeado pároco
e, por 45 anos, até a morte, exerceu esse cargo com grande zelo, dando a todos
exemplo de vida íntegra e incansável, totalmente voltada para Deus e para o
rebanho que lhe fora confiado.
Como
prior conventual e provincial, mais do que um superior, foi um irmão a serviço
dos irmãos.
No
exercício desses cargos, tendo sempre diante de si as palavras de Santo
Agostinho, preferia ser amado pelos irmãos a ser temido, considerando-se feliz,
não por exercer a autoridade, mas por servir na caridade.
Foram
suas virtudes características a humildade
de espírito, a discrição no falar, o contato habitual com Deus e o amor à
pobreza.
Não
media esforços para levar todos a Cristo. Conhecia suas ovelhas uma por uma e
as assistia com paternal solicitude, oferecendo-lhes a palavra de Deus e
fortalecendo-as com seus conselhos e ensinamentos.
Sua
caridade com os necessitados não tinha limites, chegando às vezes a desfazer-se
de suas vestes para acudi-los. Com razão, pois, é tido como pai dos pobres.
Reservava
boa parte do dia para atender os que buscavam o sacramento da penitência.
Considerava ser seu principal dever reconduzir os pecadores a Deus, consolar os
aflitos, perdoar os que o ofendiam, desfazer o ódio e as intrigas, reconstruir
a paz nas famílias, atender assiduamente e com paternal amor os doentes e os
moribundos.
Seu
amor ao próximo alcançou a mais alta expressão quando, durante a epidemia do
cólera de 1848-1856, de dia e de noite, ele socorria os doentes, sem
preocupar-se em repousar e sem importar-se com o perigo do contágio.
Deus
o agraciou com muitos dons, em particular com o discernimento dos espíritos e o
poder de curar. Foi às vezes visto elevado do chão, em êxtase.
Fundou
em sua paróquia e dirigiu com particular solicitude uma Congregação de irmãs
Servas de Maria, dedicada à educação das jovens.
Antecipando
os tempos, no intuito de levar os paroquianos a aprofundar a fé, criou
associações para crianças e jovens, para homens e mulheres. Introduziu na
paróquia a Conferência de São Vicente, há pouco iniciada na França, e a Obra de
Propagação da Fé.
Fundou
a primeira colônia de férias, à beira mar, para a recuperação física das
crianças.
Em
toda essa sua atividade inovadora, era sustentado e animado por um grande amor
à eucaristia e a Nossa Senhora das Dores, à qual havia solenemente consagrado a
paróquia.
Um
dia, em pleno inverno, despojou-se de sua capa e, com ela, cobriu um pobre que
encontrou pelo caminho. Em consequência disso, contraiu uma inflamação nos
pulmões e, pouco tempo depois, a 12 de janeiro de 1892, após receber os
sacramentos, morreu santamente.
Todo
o povo de Viareggio, até mesmo os inimigos da Igreja, choraram a perda do pai
comum.
Ao
encerrar-se a primeira sessão do Concílio Vaticano II, no dia 9 de dezembro de
1962, o papa João XXIII inscreveu-o no catálogo dos santos. Seu corpo repousa
na basílica de Santo André, em Viareggio.
Oração:
Ó
Deus tornastes admirável Santo Antonio Maria Pucci como servo da Mãe do vosso
Filho e pastor do vosso rebanho: fazei que nos também, inspirando-nos na Virgem
Maria, dediquemos nossas vidas propagação do reino de Cristo, vosso Filho, que
convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
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