São
Romualdo nasceu numa família nobre na cidade de Ravena (Norte da Itália) por
volta do ano 952. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do
Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A
diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem
sentido acompanhava aquele jovem.
Um
acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um
temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi
nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família
vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta
montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para
reflexão.
Foi descobrir gradualmente e
com sofrimento sua verdadeira vocação de dedicar-se totalmente a Cristo, na
escuta da sua Palavra, na purificação do coração e na obediência ao Espírito
que guiava seus passos. Tendo deixado a Abadia de Santo Apolinário em Classe,
onde tinha recebido o hábito monástico aos 20 anos, para a vida eremítica,
descobriu que a solidão não o afastava dos irmãos, da vida da igreja e dos
pobres, mas, pelo contrário, o enraizava numa comunhão e solidariedade mais
profunda com eles.
Colocando-se com humildade na comunhão da Igreja, São Romualdo passa a viver como discípulo da tradição monástica anterior do Oriente (os padres do deserto) e do Ocidente (São Bento). Sua primeira escola foi a Abadia de Santo Apolinário em Ravena (972 – 975), e mais tarde o Mosteiro de Cuxá (montanhas dos Pireneus na Espanha, 997 -998), e em fim a Abadia mãe do monaquismo beneditino, Monte Cassino, (ano 1000).
Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida. Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamarão este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris).
Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões.
Colocando-se com humildade na comunhão da Igreja, São Romualdo passa a viver como discípulo da tradição monástica anterior do Oriente (os padres do deserto) e do Ocidente (São Bento). Sua primeira escola foi a Abadia de Santo Apolinário em Ravena (972 – 975), e mais tarde o Mosteiro de Cuxá (montanhas dos Pireneus na Espanha, 997 -998), e em fim a Abadia mãe do monaquismo beneditino, Monte Cassino, (ano 1000).
Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida. Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamarão este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris).
Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões.
Dá-se uma tríplice
oportunidade para realizar a vocação monástica, uma em comunhão e
complementariedade com outra: a vida fraterna no mosteiro, útil,
sobretudo para iniciar a vida monástica; a vida na solidão do eremitério
que pressupõe certa maturidade humana e espiritual; a dedicação a
testemunhar o evangelho até o dom da vida, por aqueles que o Espírito
impele a abandonar tudo para se unir totalmente com Cristo (triplex bonum).
“Como me confunde a vida
dos Santos! Contemplando-a, queria morrer de vergonha”, ouviu-se o Santo muitas vezes dizer. Já no fim da
vida, disse a um religioso de sua confiança: “Vai para vinte anos, que estou
me preparando para a morte; quanto mais faço, tanto mais me convenço de que não
sou digno de comparecer na presença de Deus”. Romualdo morreu em 1027.
Os Camaldolenses
Fundado em 1012 por São
Romualdo, o Sagrado Eremitério e Mosteiro de Camáldoli encontra-se em meio a
uma floresta milenar do Apenino toscano-romanholo na Itália central. Um cenário
de extraordinária beleza que infunde serenidade e dilata o espírito.Camáldoli
conjuga as duas dimensões, comunitária e solitária, próprias da vida do monge,
expressas respectivamente, no Sagrado Eremitério e no Mosteiro que juntos,
formam uma só comunidade. O tradicional brasão, formado por duas pombas que
bebem no mesmo cálice, exprime simbolicamente esta comunhão na diversidade,
alimentada no constante relacionamento com o amor de Deus.
Por sua natural vocação,
Camáldoli desde suas origens desempenhou e ainda hoje desempenha a função de
ponte entre as tradições monásticas do Oriente e do Ocidente. Com o Concílio
Vaticano II voltou a ser um lugar privilegiado de encontro para o diálogo
ecumênico e inter-religioso. Diálogo com o judaísmo e com o islamismo, com o
hinduísmo e com o budismo, com homens e mulheres que formalmente não pertencem
a uma religião específica, mas vivem em sincera busca interior. Camaldoli é a
Casa Mãe e ponto de referência espiritual de uma rede de dez comunidades de
monges que se encontram na Itália, nos Estados Unidos, no Brasil, na Índia e na
África.
Cada uma delas interpreta, segundo as características próprias e a cultura de cada Igreja local, a comum inspiração romualdina e camaldolense, e juntas constituem a Congregação Camaldolense da Ordem de São Bento. Também algumas comunidades monásticas femininas, presentes na Itália, França, Tanzânia, Estados Unidos, Índia e Brasil, se refazem ao comum patrimônio espiritual de São Romualdo e de Camáldoli. Entre os dois ramos da única família camaldolense se desenvolvem atualmente, formas e iniciativas de colaboração ao nível espiritual e pastoral.
Hoje também celebramos os Santos Gervásio e Protásio.
Veja aqui: http://coisasdesantos.blogspot.com.br/2014/06/santos-gervasio-e-protasio.html
Cada uma delas interpreta, segundo as características próprias e a cultura de cada Igreja local, a comum inspiração romualdina e camaldolense, e juntas constituem a Congregação Camaldolense da Ordem de São Bento. Também algumas comunidades monásticas femininas, presentes na Itália, França, Tanzânia, Estados Unidos, Índia e Brasil, se refazem ao comum patrimônio espiritual de São Romualdo e de Camáldoli. Entre os dois ramos da única família camaldolense se desenvolvem atualmente, formas e iniciativas de colaboração ao nível espiritual e pastoral.
Hoje também celebramos os Santos Gervásio e Protásio.
Veja aqui: http://coisasdesantos.blogspot.com.br/2014/06/santos-gervasio-e-protasio.html
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