quinta-feira, 4 de junho de 2015

São Francisco Caracciolo



Seu primeiro e verdadeiro nome era Ascânio, era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.

Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Aos 21 anos, foi acometido por uma enfermidade terrível na pele, semelhante a lepra, e todos acreditavam ser incurável. Então fez a Deus esta promessa: “Se me curas desta enfermidade, dedicarei minha vida ao sacerdócio e ao apostolado”.
Curado milagrosamente, decidiu cumprir com sua promessa, indo para Nápoles e a outros lugares. Assim ordenou-se sacerdote com o nome de Francisco Caracciolo, e uniu-se a um grupo de apostolado que se dedicava a atender a presidiários.
Em 1588 um grande apóstolo chamado João Adorno, dispôs edificar uma comunidade religiosa, dedicando a metade do tempo à oração e a outra metade ao apostolado.

Para isto mandou uma carta a um Ascânio Caracciolo, pedindo-lhe conselhos sobre este projeto e propondo-lhe sua colaboração. Porém, sucedeu que os que levavam a carta equivocaram-se de destinatário e em vez de entregá-la ao outro Ascânio (seu homônimo) entregaram-na a Francisco Caracciolo, que ao lê-la sentiu que esta comunidade era o que ele havia desejado por muitos anos.
Com João Adorno fundou a nova congregação, que além dos votos comuns de pobreza, castidade e obediência, teve um quarto voto: o de não aceitar dignidade alguma eclesiástica. 

Notável pelo seu trabalho junto aos pobres , era um fazedor de milagres e tinha o dom da profecia, e era um pregador muito popular em sua região, curava várias doenças apenas com sua benção e o sinal da cruz. O Papa Paulo V desejava que ele fosse Bispo, mas recusou repetidamente, citando a o voto da Congregação que proibia aceitar qualquer alta posição na Igreja. 

Durante uma estada com os padres do Oratório caiu gravemente enfermo e veio a falecer. Seu copo foi transportado para Nápoles e sepultado na igreja de Santa Maria Maior. O primeiro de seus numerosos milagres foi a de um aleijado, durante seu funeral. Foi canonizado a 24 de maio de 1807. 

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