quarta-feira, 20 de agosto de 2014

São Bernardo atraía vocações

No ano de 1098 São Roberto fundara, num vale chamado Cister, um ramo reformado da famosa abadia de Cluny, já então em decadência. A severidade de sua regra foi afastando os candidatos, enquanto seus monges antigos iam morrendo. Santo Estevão Harding, sucessor de São Roberto, pensava em fechar definitivamente as portas da abadia, quando um dia trinta nobres cavaleiros apareceram, pedindo para entrar na Ordem.

Eram Bernardo com irmãos, um tio e amigos, que ele tinha convencido a acompanhá-lo. Mais tarde seriam seguidos pelo irmão mais novo e o próprio pai, enquanto a única irmã também se dedicaria a Deus, morrendo em odor de santidade.

Era tão intenso o dom de persuasão que possuía esse homem cheio do amor de Deus, que, ao pregar, as mulheres seguravam os maridos e as mães escondiam os filhos, por medo de que o seguissem.

O modo como Bernardo atraía vocações para Claraval era milagroso. Por exemplo, todo um grupo de nobres, que por curiosidade quiseram um dia conhecê-lo. Atuava como se fosse um poderoso ímã para atrair almas a Deus.

A atração mais estrondosa foi a de Henrique de França, irmão do Rei Luís VII. Esse príncipe foi a Claraval tratar de um importante assunto com São Bernardo. Quando ia sair, pediu para ver todos os monges, a fim de se recomendar às suas orações. Bernardo disse-lhe que logo experimentaria a eficácia dessas orações. No mesmo dia Henrique sentiu-se tão tocado pela graça que, esquecendo-se de que era então o sucessor da coroa, quis ficar em Claraval. Mais tarde foi Bispo de Beauvais, e depois Arcebispo de Reims.


Com isso Claraval cresceu tanto, que habitualmente seu número era de 600 a 700 monges.

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