domingo, 31 de agosto de 2014

Devoção a São Raimundo Nonato no Nordeste

     No Brasil, os mercedários estão presentes desde o século XVII. Os portugueses da grande província do Maranhão encontravam-se sem sacerdotes nem assistência religiosa por causa do bloqueio ao qual lhes submeteram os holandeses, que dominavam grande parte do litoral do nordeste. Para remediar esta situação, organizaram uma expedição, comandada pelo capitão Pedro Teixeira, que remontando o rio Amazonas, chegou a Quito, Equador, à procura de sacerdotes. Pelo menos quatro mercedários voltaram com os expedicionários, descendo de novo pelo Amazonas, e chegando a Belém do Pará, a 12 de dezembro de 1639. 
Em Belém construíram a primeira igreja mercedária que, segundo alguns inscritos, “reuniu preciosos trabalhos de talha, telas de valor artístico e alfaias preciosas”. 
De Belém, passaram os mercedários a estabelecer-se em São Luís do Maranhão, onde foi fundado outro convento. A história das Mercês no Maranhão não é menos brilhante que a de Belém. 
     
A grande atividade dos mercedários naquele território do Pará e do Maranhão foram as “missões e núcleos doutrinais”, ao longo do rio Negro e Urubu. Este fervor missionário mergulhando Brasil adentro, ainda no período colonial, espalhou a devoção ao santos mercedários, principalmente a São Raimundo Nonato, que na região Norte e Nordeste, se tornou o nome mais popular e desejado no batizado de meninos e meninas.

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