Certo dia, numa choupana de Romaria, encontrou
um menino cujo corpo era todo uma só chaga. Nem a mãe da criança tinha coragem
de cuidar do pobrezinho. O Padre Eustáquio assumiu pessoalmente essa
incumbência: dava-lhe banho todos os dias, lavava suas roupas, tirava com uma
pinça os vermes que lhe corroíam a carne, da qual se exalava um insuportável
mau cheiro, e aplicava as pomadas que ele próprio havia preparado. Em pouco
mais de um mês, o menino estava curado.
Noutra ocasião, quando o pároco almoçava em companhia de seus auxiliares no modesto refeitório da casa paroquial, a campainha tocou, e um deles foi atender. Voltou pouco depois e sentou-se sem nada dizer.
- O que houve? - pergunta o Beato Eustáquio.
- Nada... nada de urgente. Estão querendo falar com o senhor... mandei esperar
na sala de visitas.
- Não! Mandar esperar, nunca! O pároco é o escravo de seus paroquianos.
Dizendo isto, deixou na mesa a refeição inacabada e foi atender os visitantes.
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