Segundo testemunhas, não aparentava nada de extraordinário
externamente. Tinha aspecto de camponês, baixo de estatura, faces achatadas, no
conjunto bastante vulgar.
“É isso o Cura d’Ars?” – exclamou uma senhora da alta
sociedade parisiense ao vê-lo tão diferente do que imaginara.
“ Sim, senhora, replicou-lhe o sacerdote com um sorriso.
Acontece-lhe o mesmo que aconteceu à rainha de Sabá quando foi visitar Salomão;
ela extasiou-se com o excesso, e a senhora com a deficiência...”
Perguntou-lhe alguém:
-“ Por que é que, quando prega, o senhor fala tão alto, e
quando reza, tão baixo?”
-“É que, quando prego, falo a surdos, e quando rezo, falo
com Deus, que não o é.”
Perguntou em certa ocasião a uma pessoa que falava pelos
cotovelos:
-“ Minha filha, qual o mês do ano em que você fala menos?”
Ela, desconcertada, respondeu que não sabia.
Ele então disse:
-“ Deve ser fevereiro, já que esse mês tem três dias menos
que os outros.”
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