quarta-feira, 19 de abril de 2017

19 de abril - São Leão IX - Papa

No dia 21 de Junho de 1002, nascia, na Alsácia, Brunon d'Egisheim-Dabo, que seria Papa em 1049, com o nome de Leão IX. Damos graças pelas maravilhas que Deus fez em favor da sua Igreja através da vida e do ministério deste grande Papa, possamos nos deixar guiar pelo Espírito Santo para participar no crescimento da Igreja do terceiro milênio!
A vida e ministério de Brunon permanecem uma fonte de inspiração e um exemplo estimulante para responder às exigências atuais do Anúncio do Evangelho e para enfrentar com confiança uma nova situação eclesial. Apenas com vinte e cinco anos de idade, Brunon foi chamado a ser Bispo de Toul; dedicou-se imediatamente, com paciência e caridade, à reforma de uma diocese exposta a profundas dificuldades.

Leão IX foi um reformador, tendo-se inscrito na reforma gregoriana. Convoca durante seu pontificado 12 Concílios.
Suas principais lutas foram contra:
·         a taxa eclesiástica (a simonia);
·         o casamento bem como a concubinagem dos padres (o nicolaismo;
·         o fato de os bispos serem príncipes do Império;
·         o afastamento dos valores do cristianismo primitivo
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De junho de 1053 a março de 1054 ele foi mantido prisioneiro em Benevento, numa prisão honorável; ele não sobreviveu muito tempo após seu retorno a Roma, onde morreu em 19 de abril de 1054. O dia de São Leão é festejado em 19 de abril, dia do aniversário da sua morte. Seu corpo repousa na basílica de S. Pedro.

Homem de fé, Brunon confiou no Espírito que orienta a Igreja sem cessar e fê-la crescer no amor de Cristo. Como Papa, do mesmo modo que como bispo, as reformas que empreendeu não são a aplicação mecânica de uma teoria, mas o fruto de uma atenção constante às pessoas e aos acontecimentos, para neles discernir a ação do Espírito, assim como a expressão de uma fidelidade pessoal a Cristo e ao Evangelho. É na fé em Cristo Ressuscitado que ele bebe a força para trabalhar na indispensável renovação espiritual da sua diocese, possuído pela certeza de que, como dirá o Concílio Vaticano II, "a Igreja reúne em seu seio os pecadores e, por isso, e ao mesmo tempo que é santa, precisa também de purificação e sem descanso prossegue no seu esforço de penitência e de renovação" (Lumen gentium, 8). À distância de um milênio, a atual geração é chamada a voltar para Cristo para reavivar a sua fé e a sua esperança e a partir de novo de Cristo para revelar ao mundo o mistério da salvação.

Homem de oração, sensível aos germens de renovação presente no seu tempo, Brunon acolhe com benevolência e vigilância as iniciativas que aparecem. Está particularmente atento para proteger e promover a vida consagrada, dom de Deus "precioso e necessário no presente e para o futuro do Povo de Deus, porque pertence intimamente à sua vida, santidade e missão" (Vita consecrata, 3). Hoje, como no século XI não pode haver uma reflexão sobre o futuro sem uma renovada tomada de consciência da chamada de todos os batizados à santidade, sublinhada pelo Concílio do Vaticano II, dela fazendo sobressair o seu intrínseco dinamismo. Assim, para numerosos contemporâneos, insatisfeitos de uma sociedade materialista incapaz de responder às suas questões essenciais, tornando-se imperiosa a necessidade de referências espirituais, a vida consagrada tem uma função essencial a desempenhar. Ela é um testemunho insubstituível que introduz na compreensão da natureza íntima da vocação humana e cristã. Ela manifesta também a orientação cristológica da vida de cada batizado vivida como uma resposta ao Amor do Pai. Na terra que viu nascer Leão IX, ela deu à Igreja universal admiráveis figuras de santidade. Possa o povo cristão tomar consciência deste tesouro inestimável e beber abundantemente nestas riquezas espirituais!

Homem de comunhão, Leão IX tinha uma grande consciência da sua missão de Pastor universal, que manifestou através das suas numerosas viagens, da França à Eslováquia, da Lorena ao Sul da Itália. Ao longo de cinco anos, desenvolveu uma intensa atividade para "confirmar os seus irmãos na fé" e criar laços de confiança entre Roma e as Igrejas visitadas; estava desejoso de promover uma comunhão cada vez mais intensa entre todos, como o testemunham as sessões reformadoras, os sínodos e os concílios que reuniu durante estes anos. Na sua sequência, "se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo" (Novo millennio ineunte, 43), somos chamados a cultivar um espírito semelhante e a dar testemunho dele, vivendo desta "espiritualidade da comunhão" que, primeiramente, é um caminho espiritual para seguir a Cristo, uma atitude fundamental que permite encarar com sabedoria e prudência, face às novas situações, as adaptações necessárias a pôr em ação, no respeito pelas pessoas e pela sua própria responsabilidade e na atenção à Tradição da Igreja.

A ação pastoral de Leão IX, durante o seu curto pontificado, impressiona pela sua densidade e o seu vigor e continua rica de ensinamentos para nós. Que a figura de São Leão IX possa iluminar-nos a todos no nosso serviço da Igreja e dos nossos irmãos, para a glória de Deus e a salvação do mundo! 

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