"As nações caminharão à tua luz" (Is 60,3). A imagem profética da Nova
Jerusalém, que difunde a luz divina sobre todos os povos, ilustra bem a vida e
o apostolado incansável de Santo Arnaldo Janssen. A sua atividade sacerdotal
foi cheia de zelo pela difusão da Palavra de Deus, utilizando os novos meios de
comunicação de massa, especialmente a imprensa.
Ele não
desanimava diante dos obstáculos. E gostava de repetir: "O anúncio da Boa Nova é a
primeira e principal expressão de amor ao próximo". Do céu, agora,
ajuda a sua Família religiosa a prosseguir fielmente no sulco por ele traçado,
que testemunha a validade permanente da missão evangelizadora da Igreja.
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização – 05 de outubro de
2003
Arnaldo Janssen (1837-1909) nasceu e viveu na segunda metade do século XIX e início do século XX. A Europa passava então por uma profunda transformação sociopolítica e econômica graças à crescente industrialização e urbanismo e à unificação política de países como a Alemanha e a Itália.
Ele
porém, não se resignou perante tal situação. Cedo começou a envidar esforços na
esperança de que aparecesse alguém que se animasse a fundar um seminário das
missões. Àqueles que lhe lembravam cautelosamente que os tempos não sopravam de
feição, Arnaldo respondia: “É quando
tudo parece ruir à nossa volta que é preciso levantar algo de novo”. Daí em
diante, nunca mais parou até fundar ele próprio um seminário das missões em
1875. Como não o pôde abrir na Alemanha devido à proibição política existente,
fundou-o em Steyl, uma pequena povoação holandesa perto da fronteira com a
Alemanha.
Arnaldo Janssen viveu para
grandes causas. A primeira foi a unidade dos cristãos: “Para que todos sejam um
só, como Tu, Pai, estás em mim e eu em Ti” (Jo 17, 21)
Outra grande causa foi a
evangelização dos povos não cristãos. Ele levou a sério o mandato missionário
de Cristo: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura". (Mc
16,15).
Arnaldo
Janssen foi um homem que se esforçou honestamente por escutar a vontade de Deus
e a pôr em prática. Nesta sua busca, deixou-se conduzir pelo Espírito, seguindo
o exemplo do próprio Jesus, que “cheio do Espírito Santo …foi levado pelo
Espírito ao deserto (Lc 4,1).
Foi
um homem de Deus, um homem de oração no melhor sentido da palavra. Com uma fé
inquebrantável, viveu muito conscientemente a presença divina na sua vida de
total compromisso com o Senhor. A sua fecunda vida de oração e piedade
orientou--se inteiramente para Deus Uno e Trino, principalmente para o eterno
Verbo de Deus Encarnado a quem gostava de honrar devotamente como Coração de
Jesus, e para o Espírito Santo por quem se deixou conduzir e santificar.
Simultaneamente, venerou, com amorosa solicitude, os “amigos de Deus”: os anjos
e os santos, mas especialmente Maria, a Mãe de Deus e Imaculada Esposa do
Espírito Santo”
“Era preciso conhecer Arnaldo Janssen de
perto para o poder julgar corretamente... Admirei sempre nele uma simplicidade
de criança que tinha as suas raízes numa fé profunda e piedade autêntica. A
intenção em todos os passos do P. Arnaldo Janssen era muito pura: considerava
unicamente a causa de Deus e não o seu próprio interesse.” Bispo Bernardo Döbbing, OFM, de Nepi Sutri
Canto de Despedida
“No entardecer dos meus dias
terrenos,
Venho a Ti, Espírito Santo,
A quem a minha alma bendiz,
Agradecer-Te de coração e
louvar-Te.
Jamais poderei, Deus do amor
formoso,
Suficiente louvor e gratidão
tributar-Te.
O que tenho na terra, Tu mo
deste.
Também Te agradeço de corpo
e alma.
Por isso, Espírito do Amor
eterno,
Te sejam dados amor e
gratidão.
Perdoa o meu fraco amor.
Perdoa o pouco que por Ti
tenho feito.
Contudo, ao chegar ao fim
desta vida,
Concede-me, meu amadíssimo
Consolador, que chegue ao encontro contigo
E entre no Teu repouso”
Arnaldo Janssen
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