domingo, 29 de outubro de 2017

29 de outubro - São Gaetano Errico

O ministério da Reconciliação constitui um ministério sempre atual. A ele, o sacerdote Caetano Errico, Fundador da Congregação dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, dedicou-se com diligência, assiduidade e paciência, sem jamais se negar nem se poupar.

Assim, ele inscreve-se entre as extraordinárias figuras de presbíteros que, incansáveis, fizeram do confessionário o lugar para dispensar a misericórdia de Deus, ajudando os homens a encontrarem-se a si mesmos, a lutarem contra o pecado e a progredirem ao longo do caminho da vida espiritual.

A estrada e o confessionário foram os lugares privilegiados da ação pastoral deste novo Santo. A estrada permitia-lhe encontrar-se com as pessoas às quais dirigia o seu convite habitual: "Deus quer-te bem, quando nos veremos?", e no confessionário tornava-lhes possível o encontro com a misericórdia do Pai celestial.

Quantas feridas da alma ele curou desta forma!
Quantas pessoas levou a reconciliar-se com Deus, mediante o Sacramento do perdão!

Deste modo, São Caetano Errico tornou-se um especialista na "ciência" do perdão, e preocupou-se em ensiná-la aos seus missionários, recomendando-lhes: "Deus, que não deseja a morte do pecador, é sempre mais misericordioso que os seus ministros; por isso, sede tão misericordiosos quanto puderdes, porque encontrareis a misericórdia junto de Deus".
Papa Bento XVI – Homilia de Canonização – 12 de outubro de 2008

Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de Secondigliano onde nasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Ainda em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se ter tornado a referência natural para todas as famílias.

A sua canonização - João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 -  é um sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra.

No início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social. Num difícil contexto social inventou uma pastoral a favor dos analfabetos e também das adolescentes sem dote que arriscavam cair em mãos mal intencionadas.

A caridade e o amor pelos pobres e débeis foram os trilhos do seu sacerdócio, consciente de que na Igreja se ocupa um lugar para servir. Conhecia bem a arte da consolação, a paternidade de se sentar ao lado dos pecadores e desesperados para os ajudar a encontrar o horizonte do amor de Deus. Uma missão que tem as suas raízes na pobreza, que conheceu desde pequeno em família.


As suas palavras dirigidas a quantos não viviam na legalidade, convidando-os a reconhecer-se pecadores para se reconciliar com Deus e os homens, permanecem ainda válidas: "Ide para os braços do Pai, declarando-vos culpados e o Deus de bondade e misericórdia riquíssimo, não vos expulsará da sua face e da sua presença".

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