sexta-feira, 27 de outubro de 2017

27 de outubro - Beata Emelina

Esta beata francesa da Idade Média é considerada por alguns estudiosos como uma “solitária”, enquanto outros acreditam que ela era uma irmã conversa da Ordem Cisterciense. Provavelmente ela foi ambas as coisas.

Emelina nasceu em 1115 na diocese de Troyes e viveu como eremita em uma granja construída no terreno pertencente a Abadia de Nossa Senhora de Boulancourt, situada na atual comuna de Longeville-sur-Laines (Alto Marne), na França.

A abadia fora fundada em 1095 na diocese de Troyes, hoje Langres, para os Cônegos Regulares de São Pedro do Monte. Tendo caído em um grande relaxamento, para reformá-la o bispo cisterciense de Troyes, Henrique de Corinzia, a deu a São Bernardo, fundador da Ordem, que mandou para ali um grupo de monges de Claraval.

Quando os monges chegaram a Boulancourt, Emelina já estava vivendo ali como irmã conversa, na granja Perte-Sèche situada a alguns quilômetros da abadia. O monge Beato Goslin se refere a ela em uma breve biografia, revelando o seu modo de viver: jejuava três dias por semana, sem beber, nem comer, usava um cilício e uma corrente de ferro com pontas, andava descalça fosse inverno ou verão.

A eremita rezava sem descanso e se dedicava a costura; a sua vida de grande penitência resultou na difusão da fama de santidade. Ela era dotada do dom da profecia; as pessoas vinham de toda parte para consultá-la.

Emelina faleceu em 1178 e foi sepultada na igreja da Abadia de Boulancourt; sobre o seu túmulo foi colocada uma pequena lâmpada sempre acesa. Ela foi inscrita como Beata no “Martirologio Cisterciense” no dia 27 de outubro.

Emelina deve ter sido uma das últimas irmãs conversas agregadas a um mosteiro de monges, porque em 12 de fevereiro de 1234 o papa Gregório IX, em uma carta ao abade de Boulancourt, pedia aos monges para não mais receberem em suas terras as irmãs conversas, o que confirma que cerca de 50 anos depois da morte da Beata ainda havia algumas irmãs conversas na granja da abadia.


A Beata Emelina representa para a Ordem Cisterciense o modelo de eremita da Idade Média e de todas as épocas.

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