Mas a Providência dispôs de outra forma. Como resultado de conflitos internos, foi injustamente caluniada e teve que deixar o cargo e, em 24 de janeiro de 1900, também o mosteiro. Foi para Roma, ingressou no mosteiro beneditino de Subiaco onde permaneceu até 1902. Voltou depois para Roma onde se dedicou ao cuidado das crianças da paróquia de Testaccio e Prati.
Continuou o trabalho social com os necessitados e com a ajuda de um grupo de damas romanas presidido pela Princesa Barberini organizou uma “casa da família”, a fim de proteger as jovens trabalhadoras pobres.
Aconselhada por seus superiores, reuniu em torno a
si mulheres jovens que desejavam colaborar com a obra, unindo-se na vida
religiosa. Assim nasceu, em 1908, o Instituto
chamado das “Beneditinas da Caridade”, com o objetivo de dedicar-se às
jovens abandonadas, que mais tarde se estenderia todos os jovens e à paróquia.
Madre Colomba Gabriel recebeu a ajuda da
co-fundadora, Plácida Oldoini, que a sucedeu depois de sua morte, ocorrida no
subúrbio romano de Centocelle, em 24 de setembro de 1926. Sua sucessora
expandiu a fundação, que em 1970 já possuía 118 casas na Itália.
A beatificação de Madre Colomba Gabriel foi
celebrada pelo Papa João Paulo II em 16 de maio de 1993:
Foi assim para a Madre Colomba Gabriel, que desde o início da adolescência pronunciou o seu "sim" plena e sinceramente a Cristo, determinada a "nada antepor seu amor", de acordo com o ensinamento do grande Pai São Bento. O Espírito Santo, através do caminho do sofrimento, a fez romper com a sua pátria, e a levou a deixar tudo e começar de novo. Na sua vida, na verdade, o Senhor colocou um carisma especial, o dom da caridade ativa, a ser enxertado no tronco da regra beneditina contemplativa.
Como está presente, Madre Colomba, a missão que ela viveu e transmitiu para as suas filhas! Hoje mais do que nunca, as novas gerações precisam de guias que são testemunhas fiéis de Deus: elas estão à procura de pessoas que chamam à vida com a voz do Cristo vivo. Os Jovens procuram - talvez implicitamente – por verdadeiros educadores, animados por um profundo sentido da paternidade espiritual e da maternidade, nem possessiva nem relaxada, mas com o poder libertador da verdade e do amor, com aquela força suave e doce que só Deus pode dar.”
Homilia de
Beatificação
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