Os turcos ameaçavam grande perigo à Igreja, bem como a toda
a Europa, pois o seu Califa jurara exterminar a religião cristã. O papa Pio V
fez todos os esforços, usando toda sua influência junto aos príncipes cristãos
para combater essa ameaça iminente. Para obter de Deus que abençoasse os
combatentes cristãos, ordenou que se fizessem, em toda a parte da cristandade,
preces públicas, particularmente o terço, procissões, penitência.
Paralelamente, em 1570, os otomanos, de notável
poderio militar, apoderaram-se do Santo Sepulcro em Jerusalém e não permitiam a
visita dos cristãos. O próprio Papa, em pessoa, tomou parte nesses
exercícios extraordinários, impostos pela extrema necessidade. Organizou uma
Cruzada, cujo comando entregou a Dom João da Áustria, que era
irmão de Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano.
Aconteceu a Batalha Naval no Golfo de Lepanto.
A armada turca, com poderio militar que ultrapassava o dobro
dos navios dos cruzados, investiu ferozmente para destruir os cristãos.
Os
chefes cruzados ajoelharam e suplicaram a intercessão de Nossa Senhora. Por
intercessão de Maria Santíssima, foram inspirados pelo Espírito Santo a rezar o
Terço como única forma de enfrentar e vencer o inimigo e assim o fizeram. O
êxito foi glorioso. A vitória dos cristãos em Lepanto (1571) foi completa. As
festas de Nossa Senhora da Vitória e do Santíssimo Rosário perpetuam até hoje a
memória daquele célebre fato.
No momento em que a batalha se decidia a favor dos cristãos,
teve o Papa, por revelação divina, conhecimento da vitória e imediatamente
convidou as pessoas presentes a dar graças a Deus.
Como agradecimento pela vitória em Lepanto, instituiu a
festa de Nossa Senhora das Vitórias. (Dois anos mais tarde, o Papa Gregório
XIII, seu sucessor, lembrando que a vitória de Lepanto foi mais uma vitória do
Rosário, mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário).
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