domingo, 3 de setembro de 2017

03 de setembro - São Gregório Magno e os pobres

O que  norteava o seu trabalho era a certeza de que a riqueza da Igreja pertencia aos pobres e ela seria apenas a zeladora. Ele recebeu vultosas doações das famílias mais ricas de Roma que, seguindo seu exemplo, estavam ansiosas para expiar seus pecados perante Deus. 

Gregório dava esmolas tanto individualmente quanto para grupos inteiros; sobre isso, escreveu:

Eu frequentemente encarreguei vocês... a agirem como meus representantes ... para aliviar o sofrimento dos pobres...
...Eu ocupo o posto de zelador da propriedade dos pobres....

A igreja recebia doações de diversas maneiras diferentes: itens consumíveis, como roupas e alimentos; edifícios e obras de arte; fontes de renda como os latifúndios sicilianos  - doados por Gregório e sua família. A Igreja já tinha um sistema implantado para circular os itens consumíveis: em cada paróquia havia um diaconium, o escritório do diácono, que se situava num edifício no qual os pobres se candidatavam a receber ajuda.

Recém-eleito, Gregório redirecionou os recursos da Igreja para conseguir administrar as ações de ajuda. Ao fazê-lo, demonstrou tanto seu talento quanto sua compreensão intuitiva dos princípios de contabilidade, que só seria inventada séculos depois. Ele passou a exigir incessantemente que seus clérigos fossem atrás de pessoas precisando de ajuda e os repreendia quando percebia que não estavam fazendo isso. Numa carta enviada a um subordinado na Sicília, ele escreveu:

Eu lhe pedi acima de tudo que cuidasse dos pobres. E se você sabia de pessoas vivendo na pobreza, deveria ter avisado... É meu desejo que você dê à mulher, Pateria, quarenta soldos para a compra de calçados infantis e quarenta medidas de cereais..."

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