Sacerdote
da Primeira Ordem (1681-1742). Canonizado por João Paulo II no dia 13 de abril
de 1986, que na homilia afirma: “Ele fez do amor, que nos foi ensinado por
Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu
pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”.
Francisco
Antônio Fasani, natural de Lucera, na região italiana da Apúlia, era filho duma
família de modestos lavradores. Sendo ainda muito novo, entrou na ordem
franciscana, no convento de Lucera dos frades menores conventuais, e não tardou
distinguir-se pela inocência de vida, espírito de penitência e pobreza, ardor
seráfico e zelo apostólico, a ponto de parecer um São Francisco redivivo.
Fez
o noviciado no convento do Monte Santo Ângelo, no Gárgano, e aí emitiu os votos
de consagração ao Senhor em 1699. Quatro anos depois, para completar a
formação, foi enviado para o Sacro Convento de Assis, onde foi ordenado
sacerdote em 1705.
Dali
passou ao colégio de São Boaventura, onde recebeu o título de mestre de
teologia – e por isso daí em diante os seus conterrâneos de Lucera começaram a
chamar-lhe de o “Padre Mestre”. Voltando para Assis, dedicou-se à pregação
pelas aldeias, até que pouco depois voltou definitivamente à sua terra natal.
A partir da cátedra, do púlpito ou do
confessionário, o seu apostolado era sempre intenso e fecundo. Percorreu todas
as terras da Apúlia e arredores, merecendo o epíteto de “apóstolo da sua
terra”. Profundo em filosofia e não
menos em teologia, começou por ser leitor e prefeito de estudos no Colégio de
Filosofia de Lucera. Depois foi mestre de noviços e guardião do convento, e
sempre modelo de observância regular para os confrades, sendo por isso nomeado
em 1721, por especial Breve de Clemente XI, ministro da Província religiosa de
Santo Ângelo, que nesse tempo era muito extensa. Escreveu diversas obras de
pregação, entre elas um “Quaresmal” e um “Marial”. A sua principal preocupação
ao falar ao povo era fazer-se entender por todos. Por isso a sua catequese,
tipicamente franciscana, era especialmente dirigida ao povo simples, pelo qual
ele sentia particular atração.
Outra característica sua foi uma inesgotável
caridade para com os pobres. Entre as diversas iniciativas, promoveu o
simpático costume de recolher e distribuir prendas úteis para os pobres por
ocasião do Natal. Também foi notável o seu zelo sacerdotal na assistência a
presos e condenados à morte, a quem acompanhava até o lugar do suplício, para
os consolar nos derradeiros momentos.
Mandou
restaurar a bela igreja de São Francisco em Lucera, centro da sua incansável
atividade sacerdotal durante 35 anos. Às pessoas de quem era diretor espiritual
recomendava a devoção a Santíssima Virgem, em especial no privilégio da
Imaculada Conceição, sendo um modelo
perfeito de Sacerdote e Pastor de almas.
Aos
61 anos de idade morreu onde nascera, em Lucera, a 29 de novembro de 1742, o
primeiro dia da grande novena da Imaculada. O seu corpo é venerado na igreja de
São Francisco.
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