Maria
del Carmen Gonzalez-Ramon Garcia-Prieto na diocese de Málaga, em 30 de junho de
1834. Desde a infância, demonstrou um temperamento amável, espontâneo e
sensível. Os primeiros estudos foram feitos com o auxílio de professores particulares.
Desde
os anos da sua infância e juventude a Beata Carmem praticava uma intensa vida
de piedade. A fonte inesgotável da qual aprendeu a viver era a Eucaristia.
Aproximava-se diariamente para receber a Sagrada Comunhão, o que não era
frequente na época. Por isso ela pode afirmar: "Os sofrimentos desta vida parecem nada, comparados com a honra de
poder receber diariamente Jesus Sacramentado".
Juntamente
com a Eucaristia, os Mistérios de Belém e o Calvário iluminam o caminho espiritual
desta Beata e marcam a sua entrega aos irmãos.
Em
1857, casou-se com Joaquim Munoz del Cano de Hoyos, mas os 24 anos de vida conjugal foram para ela um cálice amargo, que ela
soube suportar com admirável fortaleza, alcançando com seu exemplo a conversão
do esposo.
A
Paixão do Senhor, a sua Morte redentora, é também uma força muito viva na Madre
Carmem do Menino Jesus para superar os longos e difíceis anos de seu matrimônio
e também os sofrimentos que teve que suportar como fundadora. Quando ela afirma que "a vida do
Calvário é a mais segura e proveitosa para a alma", experimentou como o
amor a Jesus Cristo, que sofre e morre para nos salvar, dá sentido ao silêncio
e à paciência nas acusações e calúnias, ao perdão generoso, à doação de si, à
docilidade constante à vontade de Deus.
Tendo
enviuvado em 1881, começou a dedicar-se inteiramente aos atos de piedade e
cheia de desejo de servir a Nosso Senhor Jesus Cristo na pessoa dos humildes e
necessitados, transformou sua residência em um verdadeiro asilo de caridade. Em
seu coração nasceu o desejo de consagrar a Deus os restantes dias de sua vida e
guiada por seu diretor espiritual, o capuchinho Padre Barnabé da Astorga,
empreendeu a fundação de um novo instituto religioso, a Congregação das Irmãs
Terceiras Franciscanas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Ela compreendeu a missão que Deus lhe
confiava: aproximar de Jesus as almas que Ele colocou no seu caminho, contar as
maravilhas do Senhor "que tanto nos ama", ensinar a descobri-lo e a
amá-lo. E, ao mesmo tempo, enxugar as lágrimas dos pobres e enfermos dando-lhes
ajuda e conforto; ocupando-se da educação das crianças e jovens, do cuidado dos
enfermos e idosos, das jovens operárias, dos menores necessitados de cuidados.
A
contemplação da pobreza e humildade do Divino Nascimento ensinou-a a fazer-se
pequena, a não procurar grandezas materiais, a acolher com amor as crianças,
principalmente as pobres, a fazer-lhes todo o bem que pode. "Vede nas crianças a presença do
Menino Jesus", dizia às suas irmãs.
Madre
Carmem devia ser o instrumento para enxugar as lágrimas, diminuir o pranto,
confortar no sofrimento. Pelo espírito franciscano Deus dispô-la a ser
portadora de Paz e de Bem; pela devoção ao Coração de Jesus manso e humilde,
estimulou-a a "manifestar a todos o amor que Deus nos tem"; no
Coração Imaculado de Maria ensinou-lhe "a atitude diante de Deus e da vida".
No
dia 17 de setembro de 1881, junto com oito companheiras, a fundadora emitiu os
votos temporários e em 20 de fevereiro de 1889 fez a profissão perpétua
assumindo o nome de Maria do Monte Carmelo do Menino Jesus. Naquela ocasião foi
eleita a primeira superiora geral da Congregação, cargo que desempenhou sempre
com grande prudência, diligência e amável magnanimidade.
Sob
seu governo o instituto cresceu rapidamente, graças também às numerosas
vocações. Nasceram centros para os jovens, escolas e hospitais para o cuidado
dos pobres e dos necessitados em geral.
Em
1897 Madre Carmen deixou a direção da Congregação a cargo das mais novas e dois
anos depois, no dia 9 de novembro de 1899, faleceu, já gozando de uma
indiscutível fama de santidade.
Há
quase 130 anos a cidade de Antequera recebe a bênção que Deus envia através da
Madre Carmem e pode contar as obras que o Senhor faz por meio da Congregação em
diversas regiões da Espanha e em vários países da América: República
Dominicana, Nicarágua, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.
A
Madre Carmem repetia: "Bendito seja
Deus, que tanto nos ama", no sofrimento e na alegria. E a sua alma não
queria ficar com esse tesouro só para ela. Por isso exclamava: "Quando olho para o céu, aumentam os
meus desejos de ir pelo mundo afora ensinar as almas a conhecer e a amar Deus".
Em
6 de maio de 2007, Madre Maria do Monte Carmelo do Menino Jesus foi
beatificada.
Caros irmãos. Boa tarde. Também eu tenho um blog na internet para divulgar a vida de santos, beatos, veneráveis e servos de Deus. O link é: santosebeatoscatolicos.blogspot.com.br
ResponderExcluirPeço permissão aos senhores que eu possa vez ou outra publicar algum santo que consta em seu blog, com devida menção da fonte, é claro. Atenciosamente:
Caro irmão, Paz e Alegria! Obrigada pelo contato e fique à vontade para usar nosso conteúdo.
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