Elisabete Arcolino Comparini |
"Em 2000, conheci a história
da beata Gianna. Eu era casada e já tinha três filhos. Nessa época, meu marido
descobriu que tinha HIV. Passamos momentos difíceis, mas sempre em oração.
Sempre acreditando que Deus nunca nos dá problemas que não podemos suportar.
Por milagre, seis meses
depois da descoberta da doença, os exames deram negativo. Nesse contexto,
engravidei. No quarto mês de gestação, rompeu a minha bolsa e eu fui internada.
Os médicos disseram que
não havia como a criança sobreviver. Achavam que eu tinha de abortar,
porque o feto, para a medicina, era considerado inviável. Naquele momento, a
médica começou uma luta muito grande para que eu aceitasse, porque corria risco
de morte, mas não queria isso.
Apesar da fé que eu sempre professei, precisei fazer uma escolha. Era a minha vida que estava em risco por algo que ninguém acreditava. Mas se eu abortasse eu não estava sendo uma cristã. É muito fácil dizer que eu sou católica, mas não é fácil viver como Jesus. Eu era uma mãe com três crianças pequenas. Que mãe escolhe morrer e deixar três filhos pequenos? Confiei no Senhor!
Eu pedi a meu marido que
fosse atrás de um padre para dizer a médica que a Igreja não aceita o aborto.
Era no mesmo Deus ,que curou meu marido, que eu acreditava que ia salvar meu
bebê! Apareceu um bispo na minha sala. Eu queria um padre, mas apareceu um
bispo, o qual estava no hospital por outros motivos.
O bispo me deu um livro da
beata Gianna e rezou para que ela intercedesse pela minha cura junto a Deus a
fim de que eu conseguisse o milagre para que ela se tornasse santa. Eu tomei
posse e pedi para a doutora mais uma noite. Fui fazer o ultra-som, no outro dia
de manhã, feliz, esperando o milagre. E, de repente, a médica disse que eu
corria ainda mais riscos. Não sabia mais o que fazer para convencê-la de que eu
acreditava no milagre.
À tarde, minha filha, que
hoje tem 17 anos, me ligou e implorou para eu não morrer. Foi o momento mais
difícil para mim. Era uma escolha
muito séria. Mas eu continuei acreditando no Deus do impossível.
A médica me mandou para casa
e, três meses depois, no dia 31 de maio de 2000, marcou a cesariana. Eu sabia
dos riscos, se ela sobrevivesse poderia ter várias sequelas. Para espanto de
todos, eu tive a minha Gianna, perfeita! Sem nenhum problema! Agora, ela tem 10
anos. É esperta, muito cheia de fazer arte.
Ela não tem nenhuma sequela, porque Deus,
quando faz o milagre na nossa vida, não o faz pela metade. Depois do parto, eu tive uma hemorragia muito intensa, fiquei entre à beira da morte, mas Jesus me
salvou. Hoje, meu ministério é divulgar essa santa. O caso foi para o Vaticano
e, em 2004, o Papa João Paulo II a canonizou. Estivemos diante do Sumo
Pontífice vivendo este momento lindo. Gianna Beretta é a patrona da família!"
Testemunho de Elisabete
Arcolino Comparini em 27/08/2010 – o milagre da canonização aconteceu na
Diocese de Franca – SP.
O milagre da beatificação aconteceu no Brasil, em
1977, na cidade de Grajaú, no
Maranhão, no mesmo hospital onde ela queria ser missionária e ela foi beatificada
pelo Papa João Paulo II em 24 de abril de 1994.
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