Santo Ambrósio impede a entrada do Imperador Teodósio na Catedral de Milão |
Durante uma
rebelião no ano 390, foi assassinado em Tessalônica o comandante militar local.
Teodósio decretou terrível vingança contra os habitantes dessa cidade. Sem distinguir inocentes de culpados, sem mesmo tomar em consideração idade e sexo, as tropas imperiais massacraram sete mil pessoas.
Um clamor de indignação ressoou por todo o Império. Não podendo calar- se ante essa atrocidade criminosa, o Bispo - com solicitude de amigo e respeito de súdito, mas também com firmeza de representante de Deus - admoestou o Soberano de que nenhum sacerdote de sua Diocese lhe daria a absolvição. E, recordando-lhe o exemplo do Rei Davi, o exortou a fazer sincera penitência.
Como para mostrar que ninguém tinha direito de condenar-lhe o procedimento, o Imperador se dirigiu à igreja com grande aparato, segundo o costume. À porta do recinto sagrado, Ambrósio barrou-lhe a entrada:
"Vejo que por desgraça, ó Imperador, não medes a gravidade do fato sanguinário ordenado por ti (...) Não acrescentes um novo crime ao que já te pesa. Retira-te e submete-te à penitência que Deus te impõe. Já que imitaste David no crime, imita-o também na penitência!"
Com lágrimas nos olhos, o Imperador retirou-se. Oito meses se passaram sem ele se apresentar na igreja, nem o Bispo no palácio.
Por fim, porém, a Fé triunfou sobre o orgulho. Na manhã do dia de Natal, banhado em lágrimas, o Imperador disse a seu camareiro:
Teodósio decretou terrível vingança contra os habitantes dessa cidade. Sem distinguir inocentes de culpados, sem mesmo tomar em consideração idade e sexo, as tropas imperiais massacraram sete mil pessoas.
Um clamor de indignação ressoou por todo o Império. Não podendo calar- se ante essa atrocidade criminosa, o Bispo - com solicitude de amigo e respeito de súdito, mas também com firmeza de representante de Deus - admoestou o Soberano de que nenhum sacerdote de sua Diocese lhe daria a absolvição. E, recordando-lhe o exemplo do Rei Davi, o exortou a fazer sincera penitência.
Como para mostrar que ninguém tinha direito de condenar-lhe o procedimento, o Imperador se dirigiu à igreja com grande aparato, segundo o costume. À porta do recinto sagrado, Ambrósio barrou-lhe a entrada:
"Vejo que por desgraça, ó Imperador, não medes a gravidade do fato sanguinário ordenado por ti (...) Não acrescentes um novo crime ao que já te pesa. Retira-te e submete-te à penitência que Deus te impõe. Já que imitaste David no crime, imita-o também na penitência!"
Com lágrimas nos olhos, o Imperador retirou-se. Oito meses se passaram sem ele se apresentar na igreja, nem o Bispo no palácio.
Por fim, porém, a Fé triunfou sobre o orgulho. Na manhã do dia de Natal, banhado em lágrimas, o Imperador disse a seu camareiro:
"Não sentes minha
desdita? A Igreja de Deus está aberta até para os escravos e mendigos; porém,
para o Imperador está fechada e com ela a porta do Céu, pois Cristo disse: ‘O
que atares na terra será atado no Céu'".
Decidido a obter o perdão de Deus, dirigiu-se à igreja, onde o esperava Santo Ambrósio, de pé no alto da escadaria.
- Aqui estou, livra-me do meu pecado - rogou.
- Onde está tua penitência? - perguntou o Santo.
- Suplico-te que me livres desta pena, em consideração da clemência de nossa Mãe a Igreja. Não me feches a porta, dize-me o que hei de fazer.
A decisão de Ambrósio mostra o incansável esforço da Santa Igreja para abrandar os costumes pagãos. Exigiu de Teodósio a promulgação de uma lei determinando que as sentenças de morte e de confisco não seriam executadas antes de 30 dias, e deveriam ser reapresentadas ao Imperador para sua confirmação.
Teodósio fez escrever e assinou imediatamente o decreto. Ato contínuo, recebeu a absolvição.
Decidido a obter o perdão de Deus, dirigiu-se à igreja, onde o esperava Santo Ambrósio, de pé no alto da escadaria.
- Aqui estou, livra-me do meu pecado - rogou.
- Onde está tua penitência? - perguntou o Santo.
- Suplico-te que me livres desta pena, em consideração da clemência de nossa Mãe a Igreja. Não me feches a porta, dize-me o que hei de fazer.
A decisão de Ambrósio mostra o incansável esforço da Santa Igreja para abrandar os costumes pagãos. Exigiu de Teodósio a promulgação de uma lei determinando que as sentenças de morte e de confisco não seriam executadas antes de 30 dias, e deveriam ser reapresentadas ao Imperador para sua confirmação.
Teodósio fez escrever e assinou imediatamente o decreto. Ato contínuo, recebeu a absolvição.
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