quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Papa Francisco aos Médicos Católicos


Os médicos católicos devem ter uma permanente formação espiritual, moral e bioética, a fim de implementar os princípios do Evangelho na prática médica, desde a relação médico-paciente até a atividade missionária a fim de melhorar as condições de saúde das populações nas periferias do mundo.

O seu trabalho é uma forma peculiar de solidariedade humana e testemunho cristão. O seu trabalho é enriquecido com o espírito de fé. É importante que as suas associações conscientizem os estudantes de medicina e os médicos jovens a esses princípios, envolvendo-os nas atividades associativas.

A identidade católica não impede a sua colaboração com aqueles que, numa perspectiva religiosa diferente ou sem um credo específico, reconhecem a dignidade e a excelência da pessoa humana como critério de sua atividade.

Ser médicos católicos é sentir-se agentes de saúde que, da fé e da comunhão com a Igreja, recebem o impulso para amadurecer cada vez mais sua formação cristã e profissional, tornar incansável sua dedicação, e inexaurível a necessidade de penetrar e conhecer as leis da natureza para melhor servir a vida.

Testemunhas coerentes e corajosas: as Associações Médicas Católicas colaboram com a Igreja na promoção e defesa da vida humana desde a concepção até seu fim natural, no respeito dos vulneráveis, na humanização da medicina e sua socialização plena.

Convido-os, não obstante as fadigas e dificuldades, a continuar combatendo o crescimento na medicina do paradigma tecnocrático cultural, da adoração do poder humano ilimitado e do relativismo prático, em que tudo se torna irrelevante se não serve aos próprios interesses.

Convido-os, também, a intervir em questões como a interrupção da gravidez, fim da vida e medicina genética, no pleno respeito do enfermo como pessoa com a sua dignidade.

No coração do Papa está também outro aspecto particular: a liberdade de consciência dos médicos e agentes de saúde.
Não é aceitável que o seu papel seja reduzido ao de um simples executor do desejo do enfermo ou das exigências do sistema de saúde em que trabalha.

O médico católico é primeiramente uma testemunha de fé vivida, capaz de colaborar com as realidades eclesiais e com quem trabalha ao lado das pessoas que sofrem.

Sejam ministros que saibam transmitir aos que se aproximam a riqueza da humanidade e a compaixão do Evangelho.

Papa Francisco – 28 de maio de 2018

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