sexta-feira, 7 de novembro de 2014

São Vilibrordo

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado uma parte da Germânia: é Vilibrordo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Aos cinco anos de idade foi entregue por seu pai como oblato no Mosteiro de York. Aí foi educado e, crescido decidiu abraçar a vida monástica. Terminou seus estudos na Irlanda onde foi ordenado sacerdote.

Depois do insucesso de uma primeira missão, foi enviado à Frísia  (atualmente a região da Holanda) um grupo de 11 missionários, encabeçados por Vilibrordo. O primeiro impacto com a rude e inóspita região germânica teria desencorajado quem não tivesse a verdadeira missão de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrordo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrordo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento do Papa Sérgio I, Vilibrordo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrordo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrordo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade central.

A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária.


Morreu na abadia de Echternach, aos  80 a nos, tendo dedicado 50 anos à evangelização. 

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