terça-feira, 22 de julho de 2014

Ensinamentos da Igreja sobre Santa Maria Madalena

Comentando sobre a fidelidade e o amor de Santa Maria Madalena, São Gregório Magno afirma que ela amava tanto o Mestre, que não se conformou com sua morte, e que, em choro incontido, sentia falta dele e quis dar-lhe, pelo menos, uma sepultura digna. Por isso, Jesus apareceu primeiramente a ela.
Gregório Magno compara Maria Madalena a Davi, quando este dia no Salmo: “A minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl 41,3)”. E, quando ela  reconhece Jesus ressuscitado, Maria Madalena o chama de "Raboni", que em hebraico significa Mestre.

“E o que dizer de Maria Madalena?
Chorando, permanece ao lado do túmulo vazio unicamente com o desejo de saber para onde levaram o seu Mestre. Reencontra-o e reconhece-o quando Ele a chama pelo nome (cf. Jo 20, 11-18). Também nós, se procurarmos o Senhor com espírito simples e sincero, o encontraremos, aliás, será Ele mesmo que virá ao nosso encontro; far-se-á reconhecer, chamar-nos-á pelo nome, isto é, far-nos-á entrar na intimidade do seu amor.”
Papa Bento XVI – 11/04/2009

“No dia 22 de Julho celebra-se a memória de Santa Maria Madalena, discípula do Senhor e primeira testemunha da sua Ressurreição. A vicissitude de Maria de Magdala mostra como é decisivo que cada ser humano encontre Cristo pessoalmente. É Ele que compreende o coração do homem. É Ele que pode cumular as suas esperanças e expectativas, dando também uma resposta às preocupações e às dificuldades que a humanidade contemporânea enfrenta no seu caminho diário.
Papa João Paulo II – 22/07/2001

“Madalena seguiu até ao Calvário aquele que a curara. Esteve presente na crucifixão, morte e sepultura de Jesus. Juntamente com a Mãe santíssima e o discípulo amado, acolheu o seu último respiro e o silencioso testemunho do lado trespassado: compreendeu que naquela morte, naquele sacrifício, estava a sua salvação. E o Ressuscitado, quis mostrar o seu corpo glorioso antes de tudo a ela, que chorou intensamente a sua morte. A ela quis confiar "o primeiro anúncio da alegria pascal", como que a recordar-nos que precisamente a quem, com fé e amor, fixa o olhar no mistério da paixão e morte do Senhor, se manifesta a luminosa glória da sua ressurreição.

Maria Madalena ensina-nos assim que as raízes da nossa vocação de apóstolos se aprofundam na experiência pessoal de Cristo. No encontro com Ele tem origem um novo modo de viver não mais para si mesmo, mas para Aquele que morreu e ressuscitou por nós (cf. 2 Cor 5, 15), abandonando o homem velho para se conformar de modo sempre mais pleno a Cristo, Homem novo.”
Papa João Paulo II – 22/07/2000

“Oxalá fôssemos tão luminosos! Mas não se trata de uma maquilagem! Vem de dentro, de um coração imerso na fonte desta alegria, como o de Maria Madalena, que chorou pela perda do seu Senhor e não acreditava nos seus olhos, quando O viu ressuscitado. Quem faz esta experiência torna-se testemunha da Ressurreição, porque num certo sentido ele mesmo, ela mesma, ressuscitou. Então, é capaz de levar um «raio» da luz do Ressuscitado às diversas situações: às felizes, tornando-as mais bonitas e preservando-as do egoísmo; às dolorosas, levando serenidade e esperança.”
Papa Francisco 21/04/2014

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