São João Maria Vianney, também
conhecido como Cura d'Ars, viveu em meados do século XIX. É padroeiro dos
párocos e exemplo de vida sacerdotal. Cumpriu sua missão de salvar almas,
passando até 16 horas por dia no confessionário. Bento XVI dedicou-lhe um Ano
Sacerdotal em 2009.São João Maria Vianney
"Se soubéssemos bem o que
é um padre na terra, morreríamos: não de medo, mas de amor". A vida de São
João Maria Vianney pode ser resumida neste pensamento. E no dia em que a Igreja
recorda a sua memória, o Papa Francisco tuitou a seguinte mensagem: "Apoiem seus sacerdotes com proximidade e afeição".
Também conhecido como
"Cura d'Ars", João Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, em
Dardilly, próximo de Lyon. Seus pais eram camponeses, e desde pequeno, o
encaminham ao trabalho da lavoura, tanto que, aos 17 anos, João ainda era
analfabeto.
No entanto, graças aos
ensinamentos maternos, conseguiu memorizar muitas orações e viveu uma forte
religiosidade.
Na época, sopravam ventos de
Revolução na França. Por isso, João Maria Vianney frequentou o Sacramento da
Confissão em casa, não na igreja, graças a um sacerdote "refratário",
que não havia jurado fidelidade aos revolucionários. A mesma coisa aconteceu
com a sua Primeira Comunhão, recebida em um celeiro, durante uma Missa "clandestina".
Aos 17 anos, João sentiu-se
chamado ao sacerdócio. "Se eu fosse padre, queria conquistar muitas
almas", disse ele. Mas, não era fácil atingir esta meta, por causa dos
seus poucos conhecimentos culturais. Mas, graças à ajuda de sábio sacerdotes,
entre os quais o Abbé Balley, pároco de Écully, recebeu a ordenação sacerdotal
em 13 de agosto de 1815, aos 29 anos.
Três anos depois da sua
ordenação, em 1818, João foi enviado para Ars, uma pequena aldeia no sudeste da
França, que contava 230 habitantes. Ali, dedicou todas as suas energias ao
cuidado pastoral dos fiéis: fundou o Instituto da "Providência" para
acolher órfãos; visitava os enfermos e as famílias mais necessitadas; restaurou
a pequena igreja e organizou quermesses na festa do padroeiro.
Entretanto, o Santo Cura d’Ars
destacou-se na sua missão de administrar o Sacramento da Confissão: sempre
pronto a ouvir e oferecer o perdão aos fiéis, passava até 16 horas por dia no
confessionário. Diariamente, uma multidão de penitentes de todas as partes da
França ia confessar-se com ele, tanto que a cidadezinha de Ars ficou conhecida
como o "grande hospital das almas". O próprio João Maria Vianney
vigiava e jejuava para ajudar os fiéis a expiarem seus pecados.
Certo dia, disse a um
confrade: "Vou dizer-lhe qual é a minha receita: dou aos pecadores uma
pequena penitência e o resto faço eu no lugar deles".
Após ter-se dedicado
totalmente a Deus e aos seus paroquianos, João Maria Vianney faleceu no dia 4
de agosto de 1859, aos 73 anos. Seus restos mortais descansam em Ars, no
Santuário a ele consagrado, que recebe a visita de cerca de 450 mil peregrinos
a cada ano.
João Maria Vianney foi
beatificado em 1905 pelo Papa Pio X, e canonizado em 1925, pelo Papa Pio XI,
que o proclamou, em 1929, "padroeiro dos párocos do mundo".
Em 1959, por ocasião do
centenário da sua morte, São João XXIII dedicou-lhe a Encíclica “Sacerdotii
Nostri Primordia”, apresentando-o como modelo para os sacerdotes.
Em 2009, no 150° aniversário
de morte, Bento XVI convocou um "Ano Sacerdotal", para
"favorecer e promover uma maior renovação interior de todos os sacerdotes
e um testemunho evangélico mais forte e mais incisivo no mundo
contemporâneo".
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