Um dos santos padres da Igreja de Cristo, ele
nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas sua
família, pagã, vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo
grego-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro
bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim
último do ser humano; não podia acabar tudo ali com a morte; foi perseguindo a
verdade.
O
Espírito Santo foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo
Testamento o levou proclamar o Deus uno, que merece toda a adoração. Passando
para o Novo Testamento, Santo Hilário foi evangelizado e, numa busca constante,
ele se viu necessitado do santo batismo, entrar para Igreja de Cristo e se
fazer membro deste Corpo Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já
era sacerdote e, depois, ordenado bispo para o povo de Poitiers.
Ele
sofria com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus
escritos, foi chamado “O Atanásio do Ocidente”, porque ele combateu o Arianismo
do Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta
heresia, Santo Hilário não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com ousadia até ser exilado,
mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o próprio
imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros sabiam da grande influência
desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers, mas percorria toda a
França.
Ele
voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no
ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo, verdadeiro
Deus, verdadeiro homem.
Santo
Hilário de Poitiers foi se consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos que
chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo.
“Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é
perfeito”
Sobre Mateus, 4, 27
“Ouvistes
o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.”
Com
efeito, a Lei exigia o amor ao próximo, mas permitia odiar o inimigo. A fé prescreve o amor aos inimigos.
Através do sentimento universal da caridade, destrói os movimentos de violência
que há no espírito do homem, não apenas impedindo a cólera de se vingar, mas
também apaziguando-a, até fazer-nos amar aquele que não tem razão. Amar os que
vos amam pertence aos pagãos, e toda a gente gosta de quem gosta de si. Cristo chama-nos, pois, a viver como filhos
de Deus e a imitar Aquele que, pelo advento do seu Cristo, concede, seja aos
bons, seja aos culpados, o sol e a chuva nos sacramentos do batismo e do
Espírito. Assim, forma-nos para a vida perfeita através deste laço de uma
bondade para com todos, chamando-nos a imitar o Pai do céu, que é perfeito.
Santo Hilario de
Poitiers
O Papa Bento XVI nos fala de Santo Hilário clique aqui
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