Padre Basílio Antônio Maria Moreau, nasceu em Laigné-en-Bélin
(França) a 11 de Fevereiro de 1799. Iniciou o estudo do latim com o próprio
pároco, continuando os estudos no Colégio de Chateau-Gontier e terminando-os no
seminário maior de Le Mans, onde foi ordenado Sacerdote a 12 de Agosto de 1821.
Frequentou os estudos superiores em Paris e, em seguida, na "Solitude
D'Issy". Regressou a Le Mans, onde ensinou filosofia, teologia dogmática e
Sagrada Escritura.
Em
1833 tornou-se co-Fundador do Bon-Pasteur em Le Mans, uma instituição para a
reeducação dos malfeitores, da qual foi o superior eclesiástico. Em seguida,
foi encarregado pelo Bispo de cuidar espiritualmente dos Irmãos de São José,
fundados por Jacques-François Dujarié.
Contemporaneamente,
fundou os Padres Auxiliares, com a finalidade de ajudar os párocos. A 1 de Março de 1837, uniu os Padres
Auxiliares com os Irmãos de São José numa única Congregação, que chamou Santa
Cruz. Este instituto teve o decreto de louvor a 18 de Junho de 1855 e a
aprovação das Constituições por parte da Santa Sé em 13 de Maio de 1857. O
próprio Beato emitiu os votos religiosos em 15 de Agosto de 1850. Completou a sua obra de fundador em 1841,
fundando as Marianitas da Santa Cruz. Deste modo, realizou a sua ideia de
uma única comunidade religiosa em três ramos, como a Sagrada Família de Nazaré.
A finalidade da nova
Congregação era a educação, a pregação, especialmente nas localidades rurais e
nas missões estrangeiras, o ministério paroquial, a difusão da boa imprensa e a
direção de casas para auxiliar jovens delinquentes ou abandonados. Excelente pregador, homem
de ação e oração, contribuiu para a introdução e progresso da Igreja Católica
nos Estados Unidos, para a fundação das primeiras escolas cristãs na Argélia,
iniciativa a que deu continuidade por desejo expresso de Pio IX. Por este e outros motivos mereceu, exatamente
do Papa Pio IX, o título de "Missionário Apostólico".
Padre
Moreau procurou sempre imprimir aos membros da família por ele fundada o
espírito de união. Amava dizer: "a
união faz a força e a desunião leva à ruína". Ainda mais do que o
espírito de união e de colaboração recíproca, ele quis inculcar nos padres, nos
irmãos e nas religiosas da Santa Cruz, uma
confiança firme na Divina Providência. Considerando-se um simples
instrumento nas mãos da Divina Providência, escreveu: “a obra da Santa Cruz não é do homem mas é obra do próprio Deus... eis
porque vos imploro que vos renoveis no espírito da vossa vocação, que é um
espírito de pobreza, de castidade e
de obediência... com isto podemos contar com a providência. Pois ela se
encarrega de prover a todas as necessidades daqueles que se abandonam à sua
vontade, cumprindo os seus deveres. A obra da Santa Cruz é obra de Deus e, a
partir do momento que Ele não permitiu a sua ruína, não obstante os golpes
terríveis dos inimigos, Ele quer que ela subsista e se desenvolva cada vez
mais".
Faleceu no dia 20 de Janeiro de 1873, em Le Mans e foi beatificado em 15 de setembro de 2007.
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