Era a 26 de Julho de 1602, quando nasceu em Arequipa,
Peru, Ana Monteagudo filha de Sebastião Monteagudo, espanhol e de Francisca
Léon, peruana.
Segundo os costumes do tempo, como pertencia a uma classe alta, aos três anos de idade, foi enviada para o mosteiro dominicano de Santa Catarina, onde receberia esmerada educação, antes de entrar na sociedade.
Aos catorze anos, quando os pais a queriam trazer para casa, a fim de lhe proporcionarem um vantajoso casamento, digno da sua condição, repararam na sua relutância em voltar ao mundo.
Embora tivesse já um irmão sacerdote, os seus pais opuseram-se fortemente a este desejo e conseguem apoio da madre superiora para o seu propósito. Mas, uma noite, um sonho extraordinário foi interpretado por Ana como segura confirmação do seu anseio.
Em 1618 iniciou o noviciado e acrescentou "dos Anjos" ao seu nome. A aspereza da vida conventual não a intimidava. Vivia com entusiasmo o ideal de São Domingo de Gusmão e de Santa Catarina de Siena. A sua vida espiritual centrou-se num profundo amor à Eucaristia, num culto piedoso à cruz e numa grande devoção à Virgem Santa. Aumentando, dia a dia, a sua inquietação apostólica, foi nomeada mestra de noviças, testemunhando com a vida quanto ensinava por palavras.
Quando o bispo diocesano fez a visita canônica ao convento, reparou em bastantes irregularidades na casa, onde acolhidas, viúvas abandonadas e o pessoal de serviço, num total de duzentas pessoas. O prelado surpreso com a santidade de Ana dos Anjos, manifestou o desejo de que ela assumisse como superiora da casa.
Com quarenta e cinco anos, viu-se diretora daquele pequeno mundo e confiada no II Concílio de Lima, que havia ditado normas para os mosteiros, empenhou-se em aplicá-las com esmero. Isto custou-lhe inúmeros sofrimentos e calúnias, sobretudo das viúvas sempre levadas pelo amor ao mundo e conduzindo, nesses intentos, as religiosas. Foi acusada ao bispo que, visitando de novo o convento, lhe deu toda a razão.
Em 1650, deixou o cargo e tornou-se, porque conhecia muito bem os problemas sociais do Peru, uma conselheira admirável para quantos a consultavam e, ao mesmo tempo, uma intercessora poderosa junto de Deus, com fama de vários milagres.
Continuamente preocupada com os pobres por quem se sacrifica ao extremo, ajudava quanto podia a classe dos marginalizados.
Persistentes e elevadas febres atacam-na, nos últimos dez anos de vida, obrigando-a a ficar na cama frequentemente. Como isto fosse pouco, começou a ter problemas de visão, rins, fígado e vesícula, causando-lhe um deprimente mal estar. Com profunda paz e paciência, sempre tranquila, suportou o seu calvário, tornando-se um exemplo para a comunidade. Consciente do valor do sacrifício, manteve-se firme e serena até ao fim que lhe sobreveio, a 10 de Janeiro de 1686.
O povo juntou-se em multidão, a prestar-lhe a derradeira homenagem, com tamanho fervor que o bispo presidente das exéquias teve que ameaçar com excomunhão todo aquele que, desde essa altura, ousasse cortar alguma parte do hábito daquela freira já considerada santa. Só, deste modo, conseguiu manter certa dignidade do momento.
A 2 de Fevereiro de 1985, o Papa Beato João Paulo II, reconheceu a heroicidade de suas virtudes, beatificando-a.
Segundo os costumes do tempo, como pertencia a uma classe alta, aos três anos de idade, foi enviada para o mosteiro dominicano de Santa Catarina, onde receberia esmerada educação, antes de entrar na sociedade.
Aos catorze anos, quando os pais a queriam trazer para casa, a fim de lhe proporcionarem um vantajoso casamento, digno da sua condição, repararam na sua relutância em voltar ao mundo.
Embora tivesse já um irmão sacerdote, os seus pais opuseram-se fortemente a este desejo e conseguem apoio da madre superiora para o seu propósito. Mas, uma noite, um sonho extraordinário foi interpretado por Ana como segura confirmação do seu anseio.
Em 1618 iniciou o noviciado e acrescentou "dos Anjos" ao seu nome. A aspereza da vida conventual não a intimidava. Vivia com entusiasmo o ideal de São Domingo de Gusmão e de Santa Catarina de Siena. A sua vida espiritual centrou-se num profundo amor à Eucaristia, num culto piedoso à cruz e numa grande devoção à Virgem Santa. Aumentando, dia a dia, a sua inquietação apostólica, foi nomeada mestra de noviças, testemunhando com a vida quanto ensinava por palavras.
Quando o bispo diocesano fez a visita canônica ao convento, reparou em bastantes irregularidades na casa, onde acolhidas, viúvas abandonadas e o pessoal de serviço, num total de duzentas pessoas. O prelado surpreso com a santidade de Ana dos Anjos, manifestou o desejo de que ela assumisse como superiora da casa.
Com quarenta e cinco anos, viu-se diretora daquele pequeno mundo e confiada no II Concílio de Lima, que havia ditado normas para os mosteiros, empenhou-se em aplicá-las com esmero. Isto custou-lhe inúmeros sofrimentos e calúnias, sobretudo das viúvas sempre levadas pelo amor ao mundo e conduzindo, nesses intentos, as religiosas. Foi acusada ao bispo que, visitando de novo o convento, lhe deu toda a razão.
Em 1650, deixou o cargo e tornou-se, porque conhecia muito bem os problemas sociais do Peru, uma conselheira admirável para quantos a consultavam e, ao mesmo tempo, uma intercessora poderosa junto de Deus, com fama de vários milagres.
Continuamente preocupada com os pobres por quem se sacrifica ao extremo, ajudava quanto podia a classe dos marginalizados.
Persistentes e elevadas febres atacam-na, nos últimos dez anos de vida, obrigando-a a ficar na cama frequentemente. Como isto fosse pouco, começou a ter problemas de visão, rins, fígado e vesícula, causando-lhe um deprimente mal estar. Com profunda paz e paciência, sempre tranquila, suportou o seu calvário, tornando-se um exemplo para a comunidade. Consciente do valor do sacrifício, manteve-se firme e serena até ao fim que lhe sobreveio, a 10 de Janeiro de 1686.
O povo juntou-se em multidão, a prestar-lhe a derradeira homenagem, com tamanho fervor que o bispo presidente das exéquias teve que ameaçar com excomunhão todo aquele que, desde essa altura, ousasse cortar alguma parte do hábito daquela freira já considerada santa. Só, deste modo, conseguiu manter certa dignidade do momento.
A 2 de Fevereiro de 1985, o Papa Beato João Paulo II, reconheceu a heroicidade de suas virtudes, beatificando-a.
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