Comentando
sobre a fidelidade e o amor de Santa Maria Madalena, São Gregório Magno afirma que ela
amava tanto o Mestre, que não se conformou com sua morte, e que, em choro
incontido, sentia falta dele e quis dar-lhe, pelo menos, uma sepultura digna.
Por isso, Jesus apareceu primeiramente a ela.
Gregório
Magno compara Maria Madalena a Davi, quando este dia no Salmo: “A minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl
41,3)”. E, quando ela reconhece Jesus ressuscitado, Maria
Madalena o chama de "Raboni", que em hebraico significa Mestre.
“E o que dizer de Maria
Madalena?
Chorando, permanece ao lado
do túmulo vazio unicamente com o desejo de saber para onde levaram o seu
Mestre. Reencontra-o e reconhece-o quando Ele a chama pelo nome (cf. Jo 20,
11-18). Também nós, se procurarmos o Senhor com espírito simples e sincero, o
encontraremos, aliás, será Ele mesmo que virá ao nosso encontro; far-se-á
reconhecer, chamar-nos-á pelo nome, isto é, far-nos-á entrar na intimidade do
seu amor.”
Papa Bento XVI – 11/04/2009
“No dia 22 de Julho
celebra-se a memória de Santa Maria Madalena, discípula do Senhor e primeira
testemunha da sua Ressurreição. A vicissitude de Maria de Magdala mostra como é
decisivo que cada ser humano encontre Cristo pessoalmente. É Ele que compreende
o coração do homem. É Ele que pode cumular as suas esperanças e expectativas,
dando também uma resposta às preocupações e às dificuldades que a humanidade
contemporânea enfrenta no seu caminho diário.”
Papa João Paulo II –
22/07/2001
“Madalena seguiu até ao
Calvário aquele que a curara. Esteve presente na crucifixão, morte e sepultura
de Jesus. Juntamente com a Mãe santíssima e o discípulo amado, acolheu o seu
último respiro e o silencioso testemunho do lado trespassado: compreendeu
que naquela morte, naquele sacrifício, estava a sua salvação. E
o Ressuscitado, quis mostrar o seu corpo glorioso antes de tudo a ela, que
chorou intensamente a sua morte. A ela quis confiar "o primeiro anúncio da
alegria pascal", como que a recordar-nos que precisamente a quem, com fé e
amor, fixa o olhar no mistério da paixão e morte do Senhor, se manifesta a luminosa
glória da sua ressurreição.
Maria Madalena ensina-nos
assim que as raízes da nossa vocação de apóstolos se aprofundam na experiência
pessoal de Cristo. No encontro com Ele tem origem um novo modo de viver não
mais para si mesmo, mas para Aquele que morreu e ressuscitou por nós
(cf. 2 Cor 5, 15), abandonando o homem velho para se conformar de
modo sempre mais pleno a Cristo, Homem novo.”
Papa João Paulo II –
22/07/2000
“Oxalá fôssemos tão
luminosos! Mas não se trata de uma maquilagem! Vem de dentro, de um coração imerso na fonte desta alegria,
como o de Maria Madalena, que chorou pela perda do seu Senhor e não acreditava
nos seus olhos, quando O viu ressuscitado. Quem faz esta experiência torna-se
testemunha da Ressurreição, porque num certo sentido ele mesmo, ela mesma,
ressuscitou. Então, é capaz de levar um «raio» da luz do Ressuscitado às
diversas situações: às felizes, tornando-as mais bonitas e preservando-as do
egoísmo; às dolorosas, levando serenidade e esperança.”
Papa Francisco 21/04/2014
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