quarta-feira, 12 de julho de 2017

12 de julho - São João Gualberto

Você seria capaz de perdoar quem matou o seu irmão?

Hugo, irmão único de João Gualberto tinha sido assassinado.  Seu pai jurou vingança e exigiu de João a promessa de vingar-se.  A alma de João fervia de ódio e de  desejo de matar o assassino do irmão.

Era uma Sexta-feira Santa.  João, voltando da fazenda,  inesperadamente se viu em frente do inimigo.  Parecia chegado o momento desejado.  João, sem hesitar um momento, desembainhou a espada e, precipitou-se sobre o assassino do irmão.  Este,  ou porque lhe faltasse a coragem, ou porque não tivesse uma arma à mão,  para se defender,  caiu de joelhos e os braços abertos  em cruz, disse a João: 

 “Por amor de Jesus Cristo, que neste dia por nós morreu, tem piedade! Não me mates, por amor de Jesus Cristo!”.  

João parou e não ousou dar um passo adiante.  Lembrou-se do lindo exemplo que Jesus tinha dado, no dia da morte, perdoando os inimigos.   Vindo-lhe à mente esta imagem,  sentiu-se tomado de grande emoção e, como por encanto,  desapareceram os ímpetos de vingança e o ódio.  Atirando para longe a espada, dirigiu-se ao inimigo, abraçou-o e  disse:  

“Não me é possível negar-te o que me pediste em nome de Jesus Cristo. Não só te deixo a vida, mas ofereço-te a  minha amizade.  Pede a Deus que me perdoe os meus pecados.”

Foi esta para João, a hora da conversão.  Assim reconciliado com o inimigo, entrou numa Igreja, ajoelhou-se ao pé  de um crucifixo e, em ardente oração, pediu a  Jesus Cristo que lhe perdoasse os pecados.  Chegando-se  mais perto do Crucifixo,  viu a cabeça da imagem se inclinar, em sinal de perdão.   Profundamente impressionado por esta visão, João Gualberto  tomou a resolução de dar um outro rumo à sua vida e dedicá-la ao serviço de Deus.

Oração a São João Gualberto: Leia aqui

 No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos:

 “Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”.

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