Adriano nasceu na África por volta
do ano 635. Ainda criança, tinha apenas 5 anos, por conta das invasões
bárbaras, precisou imigrar com a família para a cidade de Nápoles na Itália.
Sua família o entregou aos cuidados e educação do convento beneditino de
Nerida. Após o tempo de estudos, no qual destacou-se pelo profundo conhecimento
da Sagrada Escritura, do latim e grego, foi ordenado sacerdote e tornou-se
professor de ciências humanas e teologia.
O Imperador Constantino II, tomando
conhecimento da sabedoria de Adriano o nomeou seu embaixador no ano 663.
Adriano atuou junto ao Papa Vitalino vindo a ser um de seus conselheiros. Com a
morte de Adeodato, bispo de Cantuária, no ano 664 o Papa Vitalino convidou
Adriano para ocupar a função, mas ele considerando-se indigno de exercer esta
função indicou seu amigo monge Teodoro de Tarso. Este assumiu o bispado de
Cantuária em 26 de março de 668 e solicitou que Adriano fosse seu assistente e
conselheiro nas missões. Teodoro nomeou Adriano abade do convento de São Pedro
e São Paulo e através da escola monástica difundiu conhecimento e
espiritualidade por toda a sua diocese.
Possuía profundos conhecimentos
sobre a Bíblia, era administrador experiente e um erudito em grego e latim. Sob
sua direção, a escola monástica de Canterbury passou a exercer profunda e ampla
influência. Na escola, a par das disciplinas religiosas, eram ensinados
astronomia, poesia e cálculo de calendário. São Beda afirma que alguns alunos
sabiam latim e grego tão bem quanto inglês. Adriano auxiliou o seu arcebispo em
várias tarefas pastorais e não há dúvida de que o florescimento da Igreja
inglesa no tempo de Teodoro deve muito a ele.
Em 669 em viagem à Inglaterra,
Adriano foi detido pelo prefeito Ebroin, que suspeitava que ele seria um espião
do Imperador Constantino II, fato que não foi comprovado e Adriano foi então
libertado após dois anos. Adriano e Teodoro empreenderam muitas ações de
evangelização e principalmente de unificação da Igreja Anglo-Saxônica com a
Igreja de Roma. Adriano fundou inúmeras escolas que se tornaram referência e
foram responsáveis pela formação de muitos outros santos.
Adriano trabalhou por trinta e nove anos com afinco e
dedicação, vindo a falecer no dia 09 de janeiro do ano 710, sendo sepultado no
convento de Cantuária. Conforme o historiador Goscelino de Cantuária, o corpo
de Adriano foi encontrado incorrupto no ano de 1091.
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