O beato Frederico
foi um irmão agostiniano conhecido pela sua generosidade, humildade, delicadeza
para com os irmãos, caridade para com os pobres, religiosidade, dedicação à
oração e seu amor devocional à Eucaristia, nasceu em Ratisbona, Bavária,
Alemanha. Seus pais pertenciam à classe média.
Entrou na Ordem
como irmão não clérigo no mosteiro agostiniano de São Nicolau em sua cidade
natal. O mosteiro era a mais importante comunidade da Província da Bavária
naquela época, e acolheu o capítulo geral da Ordem Agostiniana de 1290.
Nele, a primeira
Constituição dos Agostinianos foi promulgada.
Frederico serviu
a comunidade como carpinteiro e tinha a responsabilidade de prover à casa a
lenha necessária para o uso cotidiano, modesto trabalho levado a cabo durante
anos unido a uma profunda vida de oração.
É lamentável que
seja pouco o que se sabe de sua vida. Conhecemos, isso sim, alguns relatos
lendários do século XVI, como os que aparecem na biblioteca do capítulo
metropolitano de Praga.
Algumas pinturas
representando cenas da vida de Frederico e encomendadas por ocasião de sua
morte ajudaram a inspirar tais lendas.
Entre elas, a mais
conhecida narra como um dia, impossibilitado de assistir à missa e estando no
mesmo lugar onde se encontrava trabalhando, Frederico recebeu a comunhão das
mãos de um anjo.
A carga de colorido
com a que se apresentam os fatos históricos, em conformidade aos gostos do
tempo, hoje faz com que tais relatos sejam vistos com fortes reservas, ou
inclusive, com rechaço.
Porém, há de se ter
em conta que interessava ao narrador medieval confirmar o reconhecimento divino
da santidade mediante o milagre.
Mais que escrever
propriamente uma biografia, a intenção era a de representar exemplos de virtude
e ideais religiosos que animassem a segui-los.
Episódios como o
exposto acima atestam a devoção eucarística de nosso beato e provam o profundo
efeito produzido entre seus contemporâneos e a continuidade da piedosa memória
de que foi objeto ao longo dos séculos.
O Prior Geral dos
Agostinianos, Clemente Fulh, atesta em uma carta dirigida aos irmãos não
clérigos que
"o beato Frederico chegou ao cume da perfeição
obedecendo fielmente as normas estabelecidas por Santo Agostinho e soube
integrar de maneira admirável a vida perfeitamente contemplativa com a vida
perfeitamente ativa".
Frederico morreu em
Ratisbona no dia 29 de novembro de 1329 e logo depois de sua morte muito
milagres foram creditados por sua intercessão e o Papa São Pio X, o beatificou
em 12 de maio de 1909.
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