sexta-feira, 24 de novembro de 2017

24 de novembro - São Crisógono de Aquileia

Crisógono é definido como "vir christianissimus" (verdadeiro cristão). E de tal maneira coerente com a própria fé, que não se deixou seduzir pelo cargo honorífico do consulado — que lhe fora oferecido pelo imperador Diocleciano em pessoa, quando estava de passagem por Aquileia, com a condição de que renegasse a Cristo e queimasse alguns grãos de incenso no altar de Júpiter. Ante sua recusa, o “cristianíssimo” Crisógono foi preso na casa de um certo Rufino, que o devia manter confinado à espera de um processo. Rufino terminou sendo convertido por seu prisioneiro, e compartilhou com ele a mesma sorte, isto é, a decapitação.

Desde o princípio, a devoção a este mártir de Aquileia foi transferida para Roma, onde há uma igreja dedicada em seu nome em Trastevere. Esta igreja ("Titulus Chrysogoni") foi mencionada pela primeira vez nos atos do Concílio de Roma de 499, mas provavelmente data do século IV. É possível que o fundador da igreja tenha sido um tal Chrysogonus e que, por conta da similaridade entre os nomes, a igreja rapidamente tenha se tornado o centro da devoção do mártir de Aquileia. De forma similar, a veneração de Anastácia de Sirmio fora transplantada para Roma. É também possível, porém, que, desde o início, por alguma razão desconhecida, a igreja tenha sido consagrada em nome de São Crisógono e tenha sido batizada em sua homenagem de fato.

Por volta do século VI surgiu a legenda do mártir que fez dele um romano e o ligou à história de Santa Anastácia, uma maneira de evidenciar a veneração de Crisógono na igreja romana que leva seu nome. De acordo com esta legenda, Crisógono, inicialmente um funcionário do vigário da cidade (vicarius Urbis), era um professor cristão de Anastácia, a filha do nobre romano Pretextato. Atirado na prisão durante a perseguição de Diocleciano, ele confortou a aflita Anastácia com suas cartas. Por ordem de Diocleciano, Crisógono foi arrastado à presença do imperador em Aquileia, condenado à morte e decapitado. Seu cadáver, atirado ao mar, apareceu numa praia e foi enterrado pelo já idoso sacerdote Zoilo, que também é o santo padroeiro de Zadar. Na legenda, a morte do santo teria ocorrido em 23 de novembro.

A Igreja Católica comemora o santo no dia 24 de novembro, o aniversário da dedicação da igreja que leva seu nome.


Nenhum comentário:

Postar um comentário